Renato Augusto reconhece dificuldades para jogar como falso 9, mas frisa: 'É o clube que importa'
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Por Julia Raya e Rodrigo Vessoni
Entre as muitas críticas feitas ao trabalho de Sylvinho, uma das que mais tem repercutido é o uso de Renato Augusto como um falso 9. Questionado sobre o posicionamento para sua atuação, o camisa 8 explicou que se colocou à disposição e falou sobre as dificuldades da posição, mas ressaltou a importância de se entregar pelo clube.
"Tem que pensar jogo a jogo, não existe um limite. Claro que a função que eu mais gosto é vindo de trás, jogando de 8, de 10, na China joguei até de ponta. Não é uma coisa que me incomoda. Claro que quando você joga de 9 você toca menos na bola, não tem o que fazer. Você vai se adaptar ao que o time está precisando e buscar as vitórias. Claro que as coisas não acontecem do jeito que a gente quer sempre, mas não sou eu quem importa, é o clube", disse o atleta em entrevista coletiva.
"É o momento de tentar encaixar, não é fácil. Às vezes nem no campo consegue chegar. É difícil, mas a gente não pode também criar problemas em qualquer situação. No futebol às vezes a gente coloca alguém para baixo para justificar uma derrota. Perdeu todo mundo, não tem só um culpado, agora vamos todo mundo buscar essa vitória", completou logo em seguida.
Renato também não escondeu o fato de ter se colocado à disposição de Sylvinho para jogar nesta posição. Segundo ele, era algo feito na China com frequência e que, inclusive, foi desempenhado por ele no próprio Corinthians.
"É uma função que para mim não é novidade, fiz muitas vezes na China, fiz aqui no Corinthians numa Pré-Libertadores em que o Paolo foi expulso. Não é uma função que me incomoda, eu me coloquei à disposição do Sylvio porque quem estava era o Guedes, que estava incomodado. Contra o Inter a gente conseguiu uma virada contra um adversário muito difícil e eu estava jogando de 9", expôs o corinthiano.
"É claro que eu sei que não é onde eu posso render mais, mas chega um momento do campeonato que você tem que sacrificar um pouco. Não vejo problema quanto a isso. Lógico que, quando a vitória não vem, as críticas aparecem. Mas a gente está buscando. Quando cheguei aqui me chamavam de louco porque estava vindo para um time que ia brigar para não cair e, agora, estamos aí brigando na parte de cima da tabela", reconheceu logo em seguida.