Com passagens pelas categorias de base do Corinthians, o atacante Miullen passou por uma situação complicada. Na tarde desta segunda-feira, o jogador anunciou a sua rescisão contratual com o Gil Vicente, de Portugal, por causa de uma lesão ligamentar no joelho não tratada pelo clube.

De acordo com Miullen, o ocorrido aconteceu em um jogo-treino em dezembro de 2020, fazendo com que sua carreira fosse prejudicada nos meses seguintes. Mesmo com uma lesão ligamentar, os médicos do clube português indicaram o tratamento sem a cirurgia - leia o relato completo abaixo.

Mesmo com dores, o jogador acatou e, por vontade própria, voltou a jogar. Após alguns meses, pediu que o clube acionasse o seguro e tentou mais uma vez a cirurgia, que foi novamente negada. Mesmo recorrendo, Miullen não conseguiu a liberação.

Ele contou, ainda, que tentou realizar o procedimento cirúrgico por conta própria, mas o clube não deixou. Sendo assim, a única opção do jogador foi pedir a rescisão contratual.

Por conta disso, Miullen recebeu carinho e desejo de forças de diversos ex-companheiros de Corinthians. Nomes como Pedrinho, Léo Santos, Du Queiroz, Vitinho e Roni fizeram questão de apoiar o atacante através das redes sociais.

Veja a nota oficial de Miullen

"No dia 10/12/2020 em um jogo-treino pelo Gil Vicente, sofri uma lesão no ligamento do joelho e os médicos optaram pelo tratamento sem a cirurgia. Passados três meses de fisioterapia, resolvi voltar aos treinos ainda com dor pois a fala dos médicos era de que só iria sumir a dor com o tempo. Faltavam apenas alguns jogos para o fim do campeonato, então, pela minha vontade de voltar a jogar, resolvi seguir mesmo com dores no joelho.

O campeonato chegou ao fim, fui de férias para o Brasil e resolvi ir a alguns médicos para ter outras opiniões. Todos os médicos me pediram exames e os laudos foram de cirurgia.

Retornei ao clube após as férias e no primeiro treino o joelho inchou. Então o clube acionou o seguro para que fosse feita a cirurgia, já que o joelho não havia ficado bom depois de todo esse tempo. Depois disso fui ao médico do seguro, Doutor Carlos Sousa, e o mesmo mandou fazer mais dois meses de fisioterapia. Aleguei que já havia feito três meses e continuava o problema. Ele insistiu para que eu fizesse mais dois. Segui a ordem. Passados os dois meses, fui ao retorno acompanhado pelo fisioterapeuta do clube para o médico me reavaliar. A resposta dele foi que eu estava apto e que o joelho, mesmo com dores estava recuperado. O próprio fisioterapeuta do clube tentou alegar que o joelho continuava inchando mas o médico disse que daria alta mesmo assim. Passada uma semana, o clube me disse que havia tentado rebater a decisão do médico do seguro, mas não houve retorno da companhia.

Depois disso, resolvi então pedir ao clube que me liberasse para fazer a cirurgia por conta própria. Não permitiram. Então a minha única opção foi pedir a rescisão em comum acordo, aceitando todas as condições que o clube impôs. Era a única maneira de conseguir fazer a cirurgia. Na última quarta feira (13/01/2022) assinei a minha rescisão com o Gil Vicente Futebol Clube pois não podia esperar mais. Preciso focar na minha saúde e na minha integridade física para continuar fazendo o que amo.

À torcida, só tenho a agradecer por esse período maravilhoso que vesti essa camisa. Vocês fazem parte da minha história e a história continua, obrigado"

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