Corinthians faz acordo milionário na Justiça com empresário de Guilherme; veja valores
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Por Rodrigo Vessoni
Um dos dois processos que envolvem o meia Guilherme e o Corinthians virou acordo na Justiça. Trata-se da ação vencida pela empresa Brazilsport Assessoria Desportiva LTDA - ME, responsável pela carreira do jogador.
A juíza Andrea de Abreu e Braga, da 10ª Vara Cível de São Paulo, deu ganho à empresa no valor de R$ 800 mil. Após alguns meses de disputa judicial, com os juros e correções monetárias, o montante se transformou em R$ 1.308.488,01.
Após um primeiro bloqueio judicial de R$ 134.488,01 nas contas correntes do Corinthians, os advogados das duas partes chegaram a um acordo para a quitação do restante do valor. O pagamento do montante restante, no valor de R$ 1.174.000,00, deve ser feito em 12 parcelas mensais e consecutivas de R$ 97.833,33 cada. A primeira com vencimento em 15 de fevereiro de 2022 e as demais todo dia 15 de cada mês.
Ficou definido também que, após o prazo de três dias úteis a contar do vencimento de cada parcela, em não havendo o pagamento da respectiva parcela, estipularam as partes uma multa de 10% sobre o valor da mesma, com atualização monetária e juros legais de mora até o efetivo pagamento.
Em caso de atraso no pagamento de três parcelas, consecutivas ou alternadas, haverá o vencimento antecipado de todas as demais parcelas, incidindo multa de 20% sobre o saldo devedor, além de correção monetária e juros legais de mora até o efetivo pagamento.
Entenda o processo
Tudo começa em 2016, quando Guilherme foi contratado pelo Timão. No acordo entre as partes, acordou-se o pagamento de R$ 3,7 milhões para a empresa em oito parcelas. O valor seria a título de "contrato de sublicenciamento para utilização de direitos da personalidade de atleta profissional de futebol e outras avenças".
A Brazilsport Assessoria Desportiva LTDA - ME, representada pelo agente Ivan Suarez Y Martins, entrou com uma ação monitória em março de 2021. Segundo à empresa na ação, o Corinthians deixou de pagar R$ 800 mil, sendo R$ 340 mil da parcela de janeiro de 2019 e R$ 460 mil da parcela de julho do mesmo ano.
Como dito acima, com os juros e correções monetárias, o valor foi de R$ 800 mil para R$ 1.308.488,01.
Processo número 2 com Guilherme
Vale lembrar que ainda há um outro processo que envolve Corinthians e Guilherme, mas na 3ª Vara de São Paulo. O clube foi condenado pela Justiça do Trabalho a indenizar o meia que, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2019, ficou sob contrato com o clube. A ação foi ajuizada em fevereiro de 2021.
Os advogados do jogador pediram R$ 2 milhões na petição inicial. A juíza Rhiane Zeferino Giulart, por sua vez, sentenciou a indenização com um valor provisório de R$ 1.2 milhão. Novos cálculos serão realizados por um perito judicial e o valor pode ser alterado em instâncias superiores.
Diversos pedidos de natureza trabalhista foram reconhecidos pela magistrada, entre eles, férias de 2018/2019, com o terço; segunda parcela do décimo terceiro salário de 2019; multa do art. 467 da CLT; multa do art. 477, § 8º, da CLT; recolhimento das diferenças de FGTS; honorários de sucumbência; recolhimentos fiscais e previdenciários; juros de mora e correção monetária nos termos da fundamentação; e custas processuais.
A sentença foi em primeira instância. A diretoria do Corinthians e seu departamento jurídico, agora, terão dois caminhos a seguir: chegar a um acordo com Guilherme e seus advogados para um parcelamento da dívida (talvez com valor menor) ou entrar com recurso e buscar instâncias superiores.