Arthur Elias explica estreia do Corinthians na Supercopa em Diadema
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Por Julia Raya e Maria Beatriz de Teves
Arthur Elias explicou a escolha do palco da estreia corinthiana na Supercopa
Maria Beatriz/ Meu Timão
O Corinthians se prepara para estrear na temporada no próximo dia 5, contra o Atlético-MG, pela Supercopa. Mesmo com o direito do mando de campo, a equipe alvinegra optou por disputar a partida em Diadema, o que foi explicado por Arthur Elias.
A disputa da partida não ser na Fazendinha nem na Neo Química Arena, vale lembrar, já havia sido explicada pelo clube em nota, mas a opção por Diadema ainda era uma incógnita para o torcedor. Assim, o treinador reforçou a impossibilidade de jogar nos dois estádios alvinegros.
“A gente consegue esclarecer, pelo menos no meu ponto de vista, a questão desse mando na estreia. Todo mundo tem que entender que o campo do Corinthians Feminino, o estádio que vamos usar, que é nosso estádio, que a gente tem uma história muito grande e respeito pela história do estádio é a Fazendinha. É o estádio do futebol feminino do Corinthians. A gente entende desta forma e o que a gente não gostou foi que ano passado estava numa condição de gramado muito ruim, o que fez a gente levar jogos da Fazendinha em outros estádios. Se prejudica muito quando joga num gramado ruim. Acho que a partir deste entendimento, claro também queremos jogar e esperamos jogar na Neo Química cada vez mais. Pra jogar lá é um custo muito alto, sabemos disso. Temos atraído cada vez mais torcedores, uma coisa é vinculada a outra. Uma das metas do departamento é sempre a temporada se pagar, ainda que eu entenda que o futebol feminino traz receita para o clube em formas indiretas, como a mulher tendo espaço, jogando, vendo um time vencedor numa instituição como o Corinthians, gera receitas indiretas a curto, médio e especialmente longo prazo", disse Arthur Elias.
"Precisamos mencionar isso, que é difícil, é um desafio pra gente conseguir dimensionar isso, o quanto essa receita indireta é importante. A receita direta a meta do Corinthians é se pagar. Em coerência com essa meta, jogar na Neo Química alguns jogos que a gente entende que não vamos conseguir ter lucro ou pelo menos se pagar, eu entendo que tá coerente com a meta. Aí isso todo mundo tem que entender. Claro que sei que a força do Atlético é grande, poderia também atrair público, mas aí entra as questões da Fazendinha, do gramado sendo totalmente reformado, estádio melhorando para receber o torcedor, mas o gramado muito importante pra gente, foi um pedido nosso e o clube fez esforço. Vai ser muito importante pra gente, vai ficar pronto no final de março, algo assim. Na Neo Química tem jogo do Corinthians masculino no mesmo dia, além disso tem a questão do gramado precisar de um outro tratamento já que infelizmente não começou a temporada com as condições que a gente espera já que é um dos melhores do mundo. Vai passar por menos jogos, diminuir o número de jogos para sustentar e conseguir ter esse tratamento para sustentar uma temporada com a condição que a Neo Química sempre apresentou", completou o treinador.
Logo em seguida, então, o técnico usou o espaço para explicar a escolha por Diadema e não outros palcos já conhecidos pelo clube, como a Arena Barueri. Arthur Elias revelou ter entendido não poder jogar nos estádios corinthianos, mas pediu um bom gramado para a partida.
"Eu entendi de forma tranquila e só pedi ao clube um bom estádio, um bom gramado pra gente jogar e a gente conseguiu uma boa opção. A gente levar o futebol feminino para Diadema pode ser interessante, torcedores que estão distantes podem conhecer. A gente espera e tem certeza que a Fiel vai nos apoiar em Diadema também. É um clube que joga a Série A1 do Paulista, então tem toda a regulamentação do estado do gramado. Estou satisfeito, nenhuma crise e nenhum problema com isso. Óbvio que a gente espera cumpris nosso papel que é chegar na final do campeonato, aí sim quem sabe a gente pode fazer uma final na Neo Química Arena aí temos certeza que não só vai se pagar como vai trazer lucro ao departamento feminino”, pontuou o profissional.
E a parte financeira?
A questão financeira na modalidade também é muito prezada pelo clube. Antes de graça, as partidas do time feminino do Corinthians agora tem cobrança de ingressos para que a equipe seja valorizada e o clube consiga renda com a modalidade.
Diante dessa situação, então, Arthur Elias explicou a importância da cobrança de ingressos e de transferências de jogadoras na modalidade, citando o caso de Adriana, mas também afirmou que o clube está atento às necessidades do torcedor. Assim, o treinador adiantou que o valor do ingresso para a partida da Supercopa tende a ser mais acessível.
"A gente evoluiu em todos os sentidos. Tem um Colagrossi no Corinthians ajuda, ele conhece bem o mercado, tem credibilidade e conseguiu bons parceiros proo feminino e o masculino, mas a evolução é geral. Foi nesse aspecto, mas também de ser uma equipe vencedora, futebol que destoou, chamou atenção, trabalho as jogadoras, nós da comissão também. O trabalho do clube, apoio de todos, presidentes entendendo, sabem o que acontece, estão conosco no dia a dia, tenho o Duilio, tive com o Andrés, a Cris... um conjunto que fez nosso futebol feminino crescer todos os anos. A cobrança de ingresso e precisar de receita, é natural da evolução. A gente vai precisa de receita de ingresso e também, por exemplo, uma transação de valores, significativos até, em relação a Adriana, fiquei contente porque foi uma jogadora que ficou cinco anos, nos ajudou demais, relação com ela é fantástica, profissional, pessoal, é uma atleta que vai representar bem o país onde estiver, na Seleção, então ela merece e o futebol feminino também", pontuou.
"Quanto mais receita, anos as atletas vã ser melhor remuneradas, os clubes vão entender a força delas. Isso não é fácil, é processo, e a gente... eu vejo o torcedor corinthiano está apoiando, sabendo, vamos jogar em Diadema?! O ingresso provavelmente vai ser mais barato, mais popular, na Arena é mais caro, mas não no preço do masculino. E isso é atrativo, mas não dava mais pra ser de graça, já passas diss. As modalidades demais, futsal, basquete, a gente vê um mercado que se repete ano a ano, ele não está em evolução, principalmente tão rápida como a do futebol feminino, e todo mundo precisa andar a forma que ele cresce. Cada um precisa entender o cenário que está e o futebol é caro. Diferente de outros, basquete, futsal, tem mais atletas e profissionais, precisa de estrutura maior, então é algo que a gente precisa, aqui e em outros clubes, ter patrocínio, cobrança de ingresso, transação de jogadora, televisão. Daqui em diante é importante ter a receita da TV, são as receitas que fazem o futebol ser viável e ter condições de apresentar um espetáculo, porque é negócio e entretenimento", completou em seguida.
