Lucas Piccinato explica rotação do elenco e demonstra preocupação com parte física do Corinthians
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Por Matheus Fiuza e Maria Beatriz de Teves
Lucas Piccinato falou sobre as alterações na equipe titular e as condições físicas do elenco
Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians
O Corinthians bateu a Ferroviária nesta quinta-feira, na Neo Química Arena, e garantiu vaga para a final da Supercopa Feminina. De olho na parte física das atletas, o treinador Lucas Piccinato falou sobre as principais mudanças em relação à temporada passada e ao jogo das quartas de final.
"Isabela está substituindo a Kati (Katiuscia), Ju (Ferreira) no lugar da Luana, que quase toda a temporada anterior foi titular. Tamires fora por problemas físicos, Jaque está jogando, Yaya no lugar da Duda. Estamos vendo as circunstâncias que a equipe está pedindo e o momento físico de cada uma, tentando respeitar o processo para que não queime etapas e uma atleta que não esteja no melhor físico, ela se lesione e fique de fora. Queremos que no segundo semestre, onde tem as finais dos principais campeonatos, todas estejam na ponta dos cacos, ao mesmo tempo temos um torneio mata, colocar muita intensidade para ser campeão, é balancear dentro disso. O elenco é qualificado e quem entra no campo tem condições de resolver os problemas", afirmou em entrevista coletiva.
Uma das maiores perdas foi a volante Luana, que deixou o Corinthians para atuar no Orlando Pride, dos Estados Unidos. A opção de Piccinato tem sido Ju Ferreira, que foi elogiada pelo treinador após a partida em meio à competição no setor.
"Acho a Juliana uma atleta muito experiente, já passou por grandes equipes, foi campeão brasileira pelo Flamengo em 2016, passagem marcante no Internacional, aqui sempre que entrou foi efetiva. Óbvio que estamos falando de uma outra atleta que saiu, de nível de Seleção, numa idade de 30 anos, no seu auge, e vinha jogando muito bem no Corinthians. Tem se adaptado muito bem e recepcionado esse papel de protagonismo que tem esse ano de uma forma positiva. Ela fez dois grandes jogos, tem uma boa leitura no meio-campo, passa um pouco de calma na construção, ao mesmo tempo sendo intensa na parte defensiva para ganhar os duelos, tenho gostado bastante do que tenho visto. Temos outras jogadoras de meio-campo pra função, Yaya, Carol Tavares, Duda. Estamos felizes e qualificar, melhorar elas para termos as melhores jogadoras possíveis no momento certo", comentou Piccinato.
Por falar em meio-campo, uma possível preocupação surgiu no segundo tempo: Yaya foi substituída com problemas físicos e deu lugar a Duda Sampaio. O treinador do Timão, porém, tranquilizou a torcida corinthiana ao tratar apenas como câimbra e explicou a opção de Duda Sampaio entre os reservas.
"Yaya teve câimbra, estava cansada pelo contexto domingo e quinta, uma recuperação muita curta entre os jogos. Vamos avaliar nesses dois dias para recuperar. Temos boas opções, a Gi (Fernandes) uma jogadora que foi para a Seleção agora, se for a Duda vai ser uma grande opção. Temos um elenco bem recheado e tenho certeza de que quem entrar vai representar bem a camisa do Corinthians", falou sobre a recém-chegada ao clube.
"Nas quartas, ela (Duda Sampaio) saiu devido ao cansaço. Tentamos rodar o elenco para colocar dentro de campo as atletas que mais pudessem contribuir. Na segunda-feira ela travou as costas, não treinou segunda nem terça, ontem fez um treino bem abaixo no sentido de carga. Decidimos poupar ela e começar com a Yaya, que foi bem contra o Internacional. O Corinthians dá essa perspectiva de possibilidades, natural que a Duda é muito importante, mas temos que respeitar o momento físico para não queimar etapa e perder uma atleta pro resto da temporada. Olímpiadas, muitos títulos, sempre que tivermos uma condição assim vamos tentar usar um elenco muito fértil que temos para colocarmos as melhores em campo", complementou sobre Duda.
Lucas Piccinato também falou sobre uma das artilheiras da tarde, Gabi Zanotti, que marcou o segundo gol das Brabas para assegurar a classificação. A principal proposta é utilizar a atleta de 38 anos da forma que melhor se adapte ao adversário.
"A Zanotti jogou a temporada passada como 9 ou falso nove, tem uma capacidade muito grande para executar. Nos dois jogos ela jogou na mesma posição, flutuando, marcando mais alto. Contra o Internacional, não acho que ela foi mal, fez um jogo bem tático em alguns momentos, teve oportunidade para fazer o gol, se tivesse empurrado a bola para a rede, talvez a avaliação seria diferente. Hoje fez um jogo tão bom quanto, tem sido importante para a gente, uma jogadora que já passou por todas as situações possíveis na carreira, muita coisa que credencia ela a saber os momentos do jogo, tem uma leitura muito boa. Pensamos em usá-la para cada adversário na melhor situação possível para que ela renda o melhor", concluiu o treinador.
