Gustavo Henrique fala da sensação de atuar como goleiro e revela como foi decisão de ir ao gol
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Por Guilherme Célio, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
O Corinthians conquistou empate nos minutos finais contra o Palmeiras na noite deste domingo, em Dérbi realizado na Arena Barueri e válido pelo Paulistão. O zagueiro Gustavo Henrique terminou o jogo atuando como goleiro, após a expulsão de Cássio. O defensor comentou sobre a decisão de assumir a responsabilidade e atuar no gol.
"Foi uma loucura, desespero total. É difícil, só quem passa, é desesperador, eu estava rindo por dentro porque estava desesperado para acabar o jogo logo. Mas graças a Deus, foi espírito de Corinthians, o grupo todo está de parabéns, todo mundo lutou até o final com um a menos. Conseguimos esse empate, um pontinho que pode fazer muita diferença lá na frente", iniciou o zagueiro na zona mista.
Nos acréscimos do segundo tempo, logo após o gol de Yuri Alberto, Cássio foi expulso após derrubar Rony na entrada da área. Não podendo fazer mais substituições, o Corinthians teve que improvisar Gustavo Henrique no gol. O zagueiro viu do gol alvinegro o Timão conquistar o empate nos últimos minutos em cobrança de falta de Garro.
Com a expulsão de Cássio, o time teve que decidir quem iria para o gol. Gustavo Henrique contou que não tem costume nenhum de jogar no gol e que a princípio Yuri Alberto tinha se colocado à disposição para assumir a função. Entretanto, o zagueiro disse que como o time estava perdendo e precisava do empate era preferível deixar um atacante na linha.
"Não, nunca fui para o gol. Nunca peguei. Estava desesperado porque o gol é muito grande. Hoje eu entendo a vida dos nossos goleiros. É muito difícil. Eu olhava para o lado, dava dois passos para o lado, o outro lado estava enorme. O gol é muito grande", contou Gustavo Henrique.
"A decisão ali foi a gente estava perdendo, atrás do placar, e o Yuri queria ir para o gol. Aí eu falei 'já está 2 a 1, cara. A gente precisa empatar. Então deixa que eu vou, e a gente tenta fazer o empate. A gente recua o Rani pra zaga'. Aí foi o que aconteceu, a gente decidiu isso, e graças a Deus conseguimos o resultado", disse.
No último lance da partida, Gustavo Henrique foi exigido como goleiro e contou com a ajuda de Raniele para segurar o empate. Em bola rebatida na pequena área, o zagueiro tentou defender chute, mas a bola passou debaixo de seus braços e o volante corinthiano tirou em cima da linha. O camisa 13 comentou sobre o lance e também que Cássio deu a camisa de presente.
"Cara, assim, tentei fazer a defesa, mas consegui pelo menos amortecer a bola. O Rani conseguiu me ajudar a tirar a bola. Mas também se eu não toco na bola, a bola vai para o gol. Um ajudando o outro ali... A camisa, na verdade, quando cheguei no vestiário, o Cássio disse 'essa é sua', e agradeci a ele", concluiu.
Com o empate heroico, o Corinthians se mantém na briga para se classificar para a fase de mata-mata. A equipe alvinegra ainda é a última colocada do grupo e tem quatro pontos de diferença para tirar do Mirassol em três rodadas. O timão soma dez pontos, tendo Inter de Limeira com 13, Mirassol com 14 e Red Bull Bragantino com 15.
O Timão agora muda seu foco para o início da Copa do Brasil. Na quarta-feira, enfrenta o Cianorte em partida única, em Maringá, no Paraná. O Corinthians volta a atuar no Campeonato Paulista apenas no próximo final de semana, no domingo, quando enfrenta a Ponte Preta na Neo Química Arena e fecha a primeira fase diante Santo André e Água Santa.