Corinthians contratar Renato Gaúcho é investimento, não loucura financeira
Opinião de Lucas Faraldo
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A aposta de pessoas próximas do presidente Duilio Monteiro Alves de que o Corinthians não deve fazer loucura financeira na hora de contratar um técnico, reportada em reportagem desta terça no Meu Timão, pede uma observação.
Primeiro destaco a ótima postura de não gastar um centavo sequer até aqui em 2021 com contratações que não chegariam "para resolver", para aí sim pontuar que a atual gestão não pode confundir investimento com gasto supérfluo.
Técnico é investimento, não gasto. Questão é acertar no alvo: alguém capacitado, com histórico de boa utilização da base. Os requisitos nem são tantos.
É de causar espanto que o técnico do Corinthians recebesse o salário mais baixo entre os grandes clubes da Série A. A única explicação é o trabalho ter sido contratado pra tirar o time da zona de rebaixamento.
Mas é de se imaginar que o planejamento pra 2021 seja outro. Do contrário, o trabalho de Mancini ganharia continuidade.
O Corinthians tem uma das mais altas folhas salariais do país. Qual o espanto em se esperar um investimento na hora de contratar o treinador?
Até porque pressupõe-se um teto na hora de negociar. Técnicos sabem disso. Tanto que...
Renato sinalizou em entrevistas que salário não seria o principal entrave pra acertar seu novo trabalho. O maior desafio seria o Corinthians apresentar um bom projeto a pelo menos médio prazo, o que também não pressupõe busca por reforços de imediato.
Um projeto apresentado recentemente pelo Santos pra 2021, por exemplo, não convenceu Renato Gaúcho. O apresentado pelo Corinthians pra 2019, por exemplo, convenceu Carille - mas não foi cumprido pelo clube naquela temporada.
Cabe aqui lembrar que o diretor Roberto de Andrade já sinalizou também em entrevistas recentes que pode reforçar o elenco atual do Corinthians pontualmente no decorrer da temporada.
É loucura pagar por um Renato Gaúcho ou um Carille o que cada um recebeu/recebe no último/atual emprego achando que solucionará o problema do Corinthians imediatamente.
Diferente de sentar pra negociar dentro de um teto, apresentando um projeto profissional, baseado em austeridade financeira e no potencial dos novos e atuais talentos da base no mercado. Isso é investimento.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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