Corinthians pode perder outro nome de peso para Botafogo e se mostra fraco no mercado internacional
Opinião de Lucas Faraldo
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Depois de ótimas contratações brasileiras no ano passado, o Corinthians tem enfrentado dificuldades no mercado da bola quando necessária a combinação de criatividade e competência para conquistar grandes nomes estrangeiros. O risco de tomar um chapéu duplo do Botafogo ilustra o cenário.
Em questão de horas após perder a corrida pelo técnico português Luís Castro, o Corinthians vê o Botafogo iniciar contato pela contratação de Cavani (segundo informações do GE.com) e até adotar tom descontraído para comentar a distante possibilidade de negociar com Luis Suárez. Os craques uruguaios foram os principais nomes sondados por Duilio no último mês de janeiro para vestir a "9 de peso" do Timão em 2022.
Sobre Luís Castro
No caso da busca pelo novo técnico, a coluna já havia alertado, há pouco mais de uma semana, para o baile de profissionalismo do Botafogo na condução da saída de Enderson Moreira, num comparativo com a falta de convicção da diretoria corinthiana para demitir Sylvinho. Àquela altura, mal sabia esse que vos escreve que o Botafogo conseguiria também se apressar e acertar o substituto não só antes mas também dando um chapéu no Timão.
Seguiu faltando profissionalismo do Corinthians na troca de Sylvinho pelo novo técnico. Acertar com alguém empregado sem se dispor a pagar a multa? Buscar um técnico com experiência singular em reformulação de categorias de base e não oferecer a mesma autonomia do Botafogo para a comissão técnica de Luís Castro?
Fora a repetida tecla dos dois meses jogados no lixo entre a decisão de manter Sylvinho pós-Campeonato Brasileiro 2021 e a demissão na terceira rodada do Paulistão 2022.
Sobre o '9 de peso'
É unânime entre conselheiros de diferentes grupos políticos ouvidos pela coluna que Cavani, por exemplo, segue em pauta na "agenda" de Duilio - no novo cenário, para o meio do ano, quando fica livre de seu contrato junto ao Manchester United. Suárez é tido como carta fora do baralho desde a primeira resposta ouvida pelo presidente corinthiano sobre o tema.
A novidade é a concorrência do Botafogo. Se o Corinthians tem a Taunsa como financiadora da possível contratação, o clube carioca tem John Textor. Nesse caso, dinheiro não deve ser um grande diferencial. Mas não é só sobre dinheiro, vide o caso Luís Castro e a própria dificuldade corinthiana em buscar um 9 mesmo bancado pela patrocinadora.
Fraquezas expostas
Em se tratando da busca por nomes estrangeiros sem maiores laços prévios com o clube (diferente portanto dos jogadores e empresários dos jogadores que foram contratados pelo Corinthians na atual gestão), parece estar faltando algo além de grana nessas conversas.
Talvez um diretor de futebol com mais experiência em negociações desse naipe e projetos de futebol que vão além do "prazo" do mandato do atual presidente tornassem o Corinthians mais forte no mercado da bola internacional. A ver as próximas danças...
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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