Mais uma vez o Corinthians foi escalado com escalação alternativa e perdeu pontos longe de casa no Campeonato Brasileiro. Vítor Pereira sabe que esse é o preço do rodízio quando seu elenco não apresenta muita qualidade no banco de reservas. Ainda assim, alguns nomes poderiam aparecer mais no time.

O caso que atualmente mais me chama atenção é o da dupla preferida de miúdos do treinador. Entre aqueles que a comissão técnica portuguesa pinçou do elenco sub-20, ninguém ganhou mais chances com VP do que Giovane (13 jogos) e Robert Renan (6).

Ambos, porém, têm perdido espaço. Nem o atacante nem o zagueiro saíram sequer do banco de suplentes diante do América-MG, perdendo espaço para Mateus Vital e Robson Bambu respectivamente.

Convocados recentemente por uma semana para um quadrangular disputado pela Seleção Brasileira Sub-20, eles completam mais de um mês sem entrar em campo no time de Vítor Pereira.

Discordo de quem acha burrice poupar jogadores. É graças ao rodízio que a comissão técnica reduz riscos de lesão e deixa o time titular forte fisicamente para os grandes jogos da temporada.

Porém também entendo haver ressalvas a algumas escolhas de Vítor Pereira. Um exemplo é ver o técnico que se notabilizou pela crescente de jovens como Du Queiroz, Lucas Piton e Gustavo Mantuan agora deixar de escanteio dois dos mais promissores "miúdos dos miúdos" - principalmente no caso de Robert Renan, claramente melhor do que Bambu em todos os jogos do ano.

Pra além dos miúdos

Sempre ponderando o fato de o Corinthians vir de jogos desgastantes contra São Paulo e principalmente Fluminense, listo outros jogadores que talvez pudessem ter fortalecido o time no jogo contra o América-MG e acabaram não saindo do banco. Foram Fagner, Ramiro e Gustavo Mosquito.

• O lateral recém-recuperado de lesão vinha de dois jogos seguidos. Entrou nos minutos finais contra o São Paulo e começou titular contra o Fluminense;
• O meio-campista foi recentemente elogiado por VP por treinar forte como um animal, mas não joga desde o último dia 4 e vem sendo preterido tanto no meio quando na ponta;
• Sobre o atacante, imaginei que entraria ao menos no segundo tempo. Mas vale pontuar que havia engatado 17 jogos consecutivos até ser preservado nesse último domingo.

Por fim, ainda gostaria de ter visto Róger Guedes e Yuri Alberto juntos. Tornou-se praxe nesses jogos de escalação alternativa um dar lugar ao outro, revezando-se assim como centroavantes.

Reforço minha opinião: o principal problema não é o rodízio, mas a montagem de elenco que obriga o técnico a "entregar pra Deus" quando usa dessa estratégia. Ainda assim, dá pra ajustar melhor esse time alternativa.

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