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Tiago Nunes nos traz algo que Tite, Carille e Mano não traziam
Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

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Tiago Nunes nos traz algo que Tite, Carille e Mano não traziam

Coluna do Luis Fabiani

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Tiago Nunes nos traz algo que Tite, Carille e Mano não traziam

Tiago Nunes no duelo contra o Red Bull Bragantino, pelo Paulistão

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Fábio Carille, Mano Menezes e Tite são três dos maiores técnicos da história do Corinthians. Uma mistura de títulos, identificação com a torcida e bom futebol (às vezes). Indubitavelmente são nomes de peso e devem ser respeitados pela trajetória que construíram no Corinthians. Não estou aqui para desmerecê-los de forma alguma.

Fato é que estes também sofriam de uma mesma crítica vinda dos torcedores. Para muitos, a "trinca" era muito teimosa na hora de oferecer variações táticas à equipe. Carille não abriu mão do 4-1-4-1 falho de 2019. Mano Menezes, em 2014, morreu com a ideia de que Jadson e Renato Augusto não atuavam juntos. Tite, embora vencedor em boa parte do tempo, pouco alterava seu esquema tático em momentos de desempenho questionável.

Aí que Tiago Nunes entra nessa história toda. O gaúcho não tarda para fazer as mudanças necessárias. Já variou de 4-4-2 para 4-2-3-1, para 4-1-3-2 e afins. Soube muito bem quando escalar Éderson entre os titulares e nos traz sempre uma expectativa de variação - seja ela benéfica ou não ao olhar do torcedor.

É justamente aí que Tiago se difere: na criação de expectativa por mudança. Em outro momento, escrevi aqui sobre a possibilidade de o Corinthians atuar com um sistema de três zagueiros. E se o fiz, é por que tinha alguma expectativa que isso poderia vir a acontecer. Em 2019, sabíamos que seria impossível uma variação tática desse calibre.

A entrada de Carlos Augusto, embora muito criticada por boa parcela da torcida (inclusive por mim), foi uma variação tática imensa. Corinthians atuando em muitos momentos como se tivesse um terceiro zagueiro. Mudou o paradigma que trazia do Athletico-PR quando tinha Renan Lodi e Jonathan atacando pelos lados.

Tiago Nunes não é maior que Tite, Mano ou Carille, longe disso. Mas é aliviante ver que as críticas daqui em diante tendem a não ser geradas por uma teimosia do comandante. Deem tempo ao homem.

Veja mais em: Tiago Nunes, Fábio Carille e Tite.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

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