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É hora de falar TATICAMENTE da estreia do Sylvinho no Corinthians.
Tática com Jow

Escrevo sobre o que rola dentro das quatro linhas de um campo de futebol.

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É hora de falar TATICAMENTE da estreia do Sylvinho no Corinthians.

Coluna do João Marcos Blunck Vojnovic

Análise de Tática com Jow

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É hora de falar TATICAMENTE da estreia do Sylvinho no Corinthians.

Sylvinho dando instrução tática na partida contra o Atlético-GO

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Prazer, sou o João Marcos (mas quase todo mundo me conhece como Jow). Meu propósito aqui será abordar TATICAMENTE as partidas coletivas ou individuais referente ao Corinthians. Hoje, minha estreia vai ser falando sobre outra estreia: a de Sylvinho, que aconteceu nesse domingo, em que, infelizmente, o Corinthians saiu derrotado. Mas como diz a chamada: muita calma nessa hora.

O famoso "pressing" do Sylvinho

Logo em sua apresentação, Sylvinho falou: "Eu gosto muito do pressing". Depois, em um vídeo dos bastidores da Corinthians TV, ele pediu muito "pressing" aos jogadores. Mas a real que "pressing" é só uma forma mais bonita de falar pressão.

E fazendo isso o Corinthians foi MUITO bem. Subia e pressionava por encaixes individuais (cada um marca o seu) com bastante organização. O Atlético Goianiense sofria para sair com a bola. Recuperava a bola no campo de ataque ou forçava o chutão.

Corinthians sobe para pressionar o setor da bola

Corinthians sobe para pressionar o setor da bola

Reprodução / Premiere

Corinthians continua pressionando o setor da bola

Corinthians continua pressionando o setor da bola

Reprodução / Premiere

Corinthians consegue roubar a bola no campo de ataque.

Corinthians consegue roubar a bola no campo de ataque.

Reprodução / Premiere

O Corinthians subiu para pressionar 20 vezes a saída de bola do Atlético, e em 12 delas conseguiu recuperar a bola. Um índice de 60% de eficiência na pressão, é um número muito bom. Mas foi outra pressão que chamou muito a atenção.

Pressão pós-perda

A pressão pós-perda do Corinthians foi excelente. O nome já diz: era quando o Corinthians perdia a bola e se organizava para recuperar rápido. Alta intensidade, organização e concentração. O Corinthians foi MUITO bem nesse aspecto.

Logo após a perda da bola, o Corinthians pressiona o Atlético

Logo após a perda da bola, o Corinthians pressiona o Atlético

Reprodução / Premiere

Ramiro consegue recuperar a bola de forma rápida.

Ramiro consegue recuperar a bola de forma rápida.

Reprodução / Premiere

Perdeu a bola? Pressiona e recupera. O Corinthians foi praticamente perfeito nesse quesito... Não deixava o Atlético respirar com a bola. Isso já é um indício do que o Sylvinho quer para esse Corinthians.

Cadê o Fagner?

Sylvinho optou por Ramiro na direita, mas com liberdade para se movimentar para o meio. Quando o camisa 8 fazia isso, o lateral-esquerdo acompanhava e deixava o corredor lateral livre. Era esse espaço que o Fagner ama atacar.

Reparem nesse lance: Ramiro está totalmente pelo meio, o lateral acompanha o camisa 8. Enquanto isso, o ponta esquerda (marcador de Fagner) está também pelo meio. Ou seja: Fagner tem o espaço que ama livre. Mas ele não ataca.

Ramiro puxa o marcador para o meio

Ramiro puxa o marcador para o meio

Reprodução / Premiere

Espaço que Fagner ama atacar, está vazio

Espaço que Fagner ama atacar, está vazio

Reprodução / Premiere

A confirmação disso, veio no intervalo. O Premiere passou o mapa de calor de ataque do Corinthians e deem uma olhada:

Mapa de calor 1°Tempo

Reprodução / Premiere

No segundo tempo, Sylvinho colocou justamente Mosquito por ali. Com isso, o Corinthians ganhou um jogador que atacasse o corredor lateral. Não é atoa que o Corinthians melhorou nos 45 minutos finais. Mosquito causou bastante perigo para o Atlético. O lance do pênalti é a prova disso. No segundo tempo, o Timão atacou muito mais pelo lado direito em comparação ao primeiro.

Mapa de calor do Corinthians no 2° Tempo

Mapa de calor do Corinthians no segundo tempo

WhoScored

Além de tudo que eu disse sobre o Sylvinho, é impossível não falar sobre os erros individuais. Ramiro errou MUITO, Roni errou MUITO, Camacho errou MUITO. Obviamente isso impacta no coletivo.

Mas, calma, Fiel. Foi a primeira partida ainda. Sem a bola, já vimos um time bem mais organizado, com ela um ponto que merece atenção: o Fagner PRECISA atacar! E se o adversário vier tentando bloquear isso, o Corinthians precisa estar pronto para sair dessa situação.

Veja mais em: Fagner e Sylvinho.

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Coluna do João Marcos Blunck Vojnovic

Por João Marcos Blunck Vojnovic

Estudioso e apaixonado por tática e todas as suas variações.

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