O Dérbi é diferente do lado de cá
Opinião de Ulisses Lopresti
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Hoje é dia de Dérbi! Eu sei que você já sabe. Eu sei que você está desde as 21h de sexta em estado catatônico, só esperando as 16h de domingo. Enfim, o dia chegou.
Confesso que foi difícil pensar em juntar algumas palavras nessa coluna enquanto minha cabeça produz pensamentos repetitivos imaginando com clareza acontecimentos em uma partida de futebol que nem ocorreu. Consegui. E fica até fácil na hora em que você lembra de tudo o que o Dérbi representa para o Corinthians.
Sim, porque esse clássico não é o mesmo para as duas partes. A rivalidade pode ser similar, mas o significado é totalmente diferente. Enquanto os de lá tentam emplacar a força uma retórica de “hegemonia” bancada por patrocínios a cada 20 anos, nós ficamos com todo o lado bom do retrospecto.
Deve ser difícil imaginar esse jogo sem pensar na postura que define o Corinthians no clássico: “superação”. Sim, nosso DNA no clássico é o de não se se entregar, o de gols no final, nos momentos impossíveis, e personagens históricos. Deve ser amargo ser os de lá e não entender um gol do Jô aos 47 minutos do segundo tempo contra o poderoso time da Crefisa, ou pensar no título suado, e amado, de 1995 com gol do Elivélton contra o poderoso time da Parmalat.
Esse é a graça do Dérbi para o corinthiano. Nós não jogamos a toalha, nunca. Sim, já tivemos derrotas e algumas bem marcantes. Mas sempre podemos ter a certeza de que quando ninguém espera nada da gente, aí sim que podemos esperar algo do time. Como em 2019, com gol do Avelar calando o Allianz Parque. Também foi assim no primeiro gol do Ronaldo, em Presidente Prudente.
Não podemos negar que hoje existe uma discrepância enorme entre as equipes que vão disputar a semifinal nessa tarde. Nossos rivais passaram a semana comparando as campanhas continentais e menosprezando o tamanho do Corinthians.
Jogadores corinthianos, encarnem o espírito de Elivélton, Ronaldo, Romarinho, Edílson Capetinha, Luizinho, Casagrande. Hoje é dia de deixar tudo em campo e colocar seu nome na história.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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