Não tem jeito, temos que ter paciência com o Sylvinho
Opinião de Ulisses Lopresti
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Há uma semana, minha coluna era sobre a estreia do Sylvinho. Apenas sete dias depois, tenho que escrever sobre a primeira crise do treinador no comando do Corinthians. Esse é o futebol brasileiro em sua essência...
Sylvinho fez dois duelos contra o Atlético-GO, um na estreia do Brasileirão e outra pela Copa do Brasil. Se nossa empolgação era alta por conta da ideia de “modernidade”, os primeiros 180 minutos do “novo” Corinthians pareciam um tapa na nossa cara. O time foi dominado e pouco criou, tivemos duas derrotas frustrantes. Porém, ainda é pouco demais para uma análise justa.
Vi muita gente detonando o Sylvinho pelas atuações. Alguns não entendem por que ele escolheu usar uma linha de 4 na defesa, outros questionam a utilização de alguns atletas, mas, o que eu mais vi foram críticas duríssimas com o técnico. Me vejo obrigado a pegar o paninho que guardo aqui para passar nesse caso.
Esqueçam o 3-5-2! Nós pedíamos a saída do Mancini, e nem o esquema salvou. Quando contratamos um novo técnico nós escolhemos a mudança. Não adianta o Sylvinho tentar jogar de uma forma que ele não domina, não conhece e sequer gosta. Se fosse para continuar com três zagueiros, a ideia de continuar com ex-treinador não era tão ruim assim.
É necessário também entender que a escolha dos titulares hoje passa mais por uma ideia do que eles podem oferecer do que análise de treinos. Eu entendo a utilização do Camacho por ele ser um jogador com a característica do passe, não deu certo, hoje já pode iniciar a partida com o Cantillo. Não tem jeito, Fiel, vai ter que ser na tentativa e erro mesmo.
Sylvinho não teve tempo para trabalhar, isso não isenta ele de todas as críticas, mas temos que ter paciência. Bastante paciência.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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