Corinthians deu seu maior passo para o futuro desde 2012
Opinião de Ana Paula Araújo
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As temporadas de 2011/12 foram, sem sombra de dúvidas, das mais memoráveis para Fiel. O que o Corinthiano viveu naqueles anos é inexplicável.
Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex, Douglas, Danilo, Jorge Henrique, Emerson, Liedson, Guerrero, Tite e muitos outros ficarão marcados na história corinthiana e na mente da torcida. Mas já era hora de deixar isso para trás.
Por mais de uma vez, presenciei dirigentes e torcedores desejando que tudo aquilo que aconteceu naquelas temporadas acontecesse outra vez. Vi jogadores que estiveram naquelas conquistas voltarem ou apenas irem ficando por aqui. Porém, o que eu sempre defendi é que aquilo que aconteceu não vai se repetir, obviamente. E isso não é ruim e não quer dizer que algo bom não venha pela frente.
A psicologia corrobora com minha tese de que esse passado, esse apego em demasia, tem prejudicado o Corinthians ao longo dos anos. Ficar preso ao que passou é uma maneira confortável de não viver novas experiências por medo, medo de não arriscar novos atletas, por exemplo. E isso está tão entranhado no subconsciente de quem comanda o clube que quase virou um problema crônico. Talvez agora, com essa nova gestão, essa "doença" seja curada.
Mas tudo que está no passado é descartável? Claro que não. Dele tiramos os erros e acertos e fim. Tentar reescrevê-lo é utópico e o que mais atrasou o Corinthians ao longo dos anos, além da má gestão, é claro.
Quando Corinthians e Paulinho não chegaram a um acordo foi a virada de página que o clube e torcida precisavam. O último remanescente daquela época está deixando o Parque São Jorge e isso é um grande passo para que a porta do novo seja escancarada para o Timão e seu torcedor.
Aos que fizeram história por aqui, fica o agradecimento da Fiel, toda homenagem em forma de lendas contadas e passadas de geração por geração, mas apenas isso.
O Corinthians, enquanto clube, e a torcida, enquanto motor propulsor dessa equipe, não devem nada a ninguém. Gratidão não cabe mais na relação clube-funcionário, já que o futebol está cada vez mais profissional. À torcida, porém, cabe, sim, todo o romantismo. Mas até mesmo ela deve parar de depositar expectativas naquilo que já foi. Entrar na Libertadores e começar a criar correlações entre o que aconteceu em 2012 e o que pode acontecer mais para frente é um erro grande e que deve parar de permear a mente corinthiana toda vez que o time disputa o torneio.
Obrigada, Paulinho, Cássio, Fábio Santos e tantos outros. Vocês foram parte da equação que ainda está sendo escrita pelo Corinthians.
Ao Corinthians e sua torcida, deem boas-vindas ao futuro e espero que ele seja promissor, porém, diferente do que já vivemos.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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