Como torcedor do Corinthians, a derrota da Seleção Brasileira na última sexta-feira tem um aspecto ainda mais dolorido do que o adeus à Copa do Catar: Tite. Campeão do mundo pelo Timão, o técnico merecia muito voltar com uma medalha no peito para sua terra natal.

Não deu. Apesar disso, podemos tirar ao menos uma coisa positiva - embora que de forma um pouco egoísta.

A segunda campanha de Adenor em uma Copa do Mundo não foi das mais brilhantes. Com isso, seu nome não deve ganhar força nos grandes mercados da Europa. Já se falou em outro momento sobre Arsenal, da Premier League. Mas e agora, que clube olhará para Tite?

Diante da dura realidade para ele, que já disse ter vontade de trabalhar fora do país, surge um roteiro quase que óbvio: o do reencontro.

Em determinado momento da vida, eu mesmo abri mão dessa ideia.

"Já conquistamos muito juntos, melhor não correr riscos de estragar as lindas memórias".

Mas não dá mais. A vida pede mais um capítulo na história de Corinthians e Tite.

O ano de 2022 foi muito duro para ambos.

Para ele, no Catar.

E para nós, com um dolorido vice e uma facada nas costas do técnico que a Fiel abraçou com todo o carinho.

As partes parecem precisar uma da outra pra se reerguer desse tombo.

Em 2023, é difícil imaginar que aconteça. De um lado Tite já reiterou que não pretende trabalhar. De outro, o Timão já efetivou Lázaro e montou sua comissão.

Mas um dia, tem de acontecer.

Precisamos viver novamente esse sonho e ver o desfecho que a história nos reserva.

Que seja diferente do que foi esse ano, mas parecido com 2012 e 2015...

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