Na mira de gringos, Ramiro e Sornoza puxam desmanche do Corinthians para 2020
Opinião de Lucas Faraldo
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Caaaalma lá, Fiel! O título acima é uma "brincadeira" (talvez sem graça) que casa muito bem com o que vou escrever daqui pra baixo sobre o Corinthians de 2019.
Para alguns é mística, para outros motivo de piada. Fato é que o Corinthians, desde sua redenção pós-rebaixamento, tem conquistado títulos em anos ímpares e passado em branco nos pares. A exceção é o ano de 2012 – e chegarei nele já já.
Vendas excessivas de jogadores campeões, compras desenfreadas de outros na tentativa desesperada de preencher lacunas deixadas pelas já citadas vendas e ainda perdas inesperadas de técnicos ajudam a explicar a irregularidade de um departamento de futebol que, se regular, tinha tudo para ser ainda mais vencedor do que foi na última década.
Em 2009, o desmanche veio ainda antes fim da temporada, com destaque para as saídas de André Santos, Cristian e Douglas, peças-chave no time campeão paulista e da Copa do Brasil. Ainda assim, o ano de 2010 não foi lá tão ruim em termos de competitividade, cabe destacar, mas desandou de vez com a saída de Mano Menezes para a Seleção.
Em 2011, a exceção – que na verdade daria resultado em 2012. O Corinthians não se desfez de seus principais jogadores ao fim da vitoriosa campanha do pentacampeonato brasileiro. Mais do que isso: se reforçou pontualmente (alô, Cássio!). E conquistou tudo o que mais queria na temporada seguinte: a Libertadores e o Mundial de Clubes.
Para 2013, novas contratações pontuais (vindas na verdade desde o fim da Libertadores-2012; alô, Guerrero!), ainda que algumas extravagantes (Pato...), e um elenco competitivo que ganhou Paulista, Recopa e só não foi mais adiante na Libertadores por causa de Carlos Amarilla. A troca de treinador e a reformulação do plantel se fizeram necessárias após o fim de um ciclo vitorioso. Tudo bem, feito inédito até então! Bora para 2014 com Mano Menezes.
Num ano de remontagem de elenco, era difícil imaginar o Corinthians brigando por títulos. O trabalho no ano par foi, como já se tornaria rotina dali em diante, pensado no ano ímpar – a recíproca infelizmente não seria e, até os dias atuais, não é verdadeira.
O Corinthians campeão brasileiro de 2015 e dono de um futebol vistoso como havia anos não se via no futebol brasileiro foi desmanchado para 2016, num ano em que obviamente não ganhou nada – além da perda de Tite para a Seleção Brasileira.
Fábio Carille efetivado, pés no chão e contratações pontuais para 2017... E a quarta força se tornaria campeã paulista e brasileira! E venderia seus principais jogadores. Mesmo assim, conseguiria, na mesma linha de trabalho humilde, beliscar o bicampeonato estadual. Mas daí com a saída do técnico para a Arábia Saudita e do restante do time heptacampeão brasileiro para o resto do mundo... Não deu mais para o Timão em 2018.
Onde quero chegar com esse esboço de retrospectiva dos últimos dez anos de Corinthians? O segredo para um trabalho bem sucedido como do triênio 2011/12/13 não é bem segredo.
É necessário primeiro contratar pontualmente (de preferência sob orientação de um treinador muito bem capacitado, como foi no passado como Mano Menezes, Tite e... Carille!). E isso o Corinthians já está fazendo para 2019, montando um time apto a bater de frente com qualquer um a nível nacional e sul-americano. Ramiro, Sornoza, Richard, Luan e Uendel, como potenciais titulares entre os contratados/encaminhados, agregam a uma equipe que já não era tão ruim, mas precisa ser bem treinada e principalmente reforçada... pontualmente!
O restante depende da sequência de Carille como técnico do Corinthians e da manutenção do já bom elenco de 2019 para 2020. Não deveria ser loucura, afinal de contas, o bando de loucos vislumbrar grandes voos a médio prazo. Loucura é começar um ano esperançoso com títulos e já preocupado com desmanche com 12 meses de antecedência. Ou estou louco?!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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