Por que Lázaro tem voto de confiança no Corinthians e qual é o problema pra 2023
Opinião de Lucas Faraldo
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Passadas 11 das 12 rodadas da fase de grupos, acredito ser possível concluir que hoje o Corinthians de Fernando Lázaro não chega desacreditado para nenhum jogo de mata-mata do Campeonato Paulista. É um bom medidor pra enxergar o trabalho como merecedor de um voto de confiança pras competições seguintes da temporada. Não é esse o problema do time hoje.
O Corinthians de Lázaro é competitivo e, até aqui, principalmente pelo o que tira de Róger Guedes, artilheiro do Paulistão. Há quanto tempo o Corinthians não tinha alguém brigando por artilharias? Jô de 2017 foi o último e não teve um começo daquela temporada tão bom como esse do atual camisa 10.
Falando de boa temporada, a fase do Guedes não coincidentemente remete à sua melhor temporada no futebol brasileiro, quando também brigava por artilharia jogando como segundo atacante pela esquerda, no Atlético-MG de Thiago Larghi, hoje auxiliar no Corinthians.
Guedes é um exemplo perfeito de que o grande mérito de Lázaro e sua comissão técnica é conhecer bem seus jogadores e adaptar o sistema de jogo ao elenco, fazendo dessa combinação um time competitivo. É nítida a evolução de Fagner, Giuliano, Renato Augusto e principalmente Róger Guedes.
O mesmo vale pra mais jovens como Roni e Adson, o que me anima em projetar o trabalho de Lázaro a médio prazo com Pedro, Biro, Giovane e cia. Importante aliás falar sobre o uso da base pelo técnico: por enquanto, a curto prazo, vejo ele mais preocupado em lapidar os principais jogadores do time nesse novo esquema que ainda está sendo implementado no Corinthians. E não há problema algum nisso.
As quartas de final do Paulistão acontecem daqui duas semanas; as finais, no começo de abril. É esse time de Lázaro que ganhará sequência em Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.
Time que precisa de reforços. E esse é hoje o grande problema do Corinthians pra 2023. A defesa, por exemplo, dá sinais de que cedo ou mais cedo vai esfarelar. Outra situação que preocupa: há uma dependência muito grande de Renato Augusto para criar.
Os grandes campeonatos estão chegando, muitos times estão se reforçando e, como já adiantou Cássio, essa será a temporada mais disputada dos últimos anos, com pelo menos metade dos times da Série A chegando forte pra competir na parte de cima da tabela.
E aí não é nos joelhos de Lázaro que a água bate, mas sim nos do presidente Duilio Monteiro Alves e sua diretoria de futebol.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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