Repetir a estratégia no clássico será como pular de um precipício
Opinião de Rodrigo Vessoni
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O Corinthians resolveu pressionar o Athletico-PR. Em diversos momentos, a equipe subiu a marcação e tentou tomar a bola do rival que dava um tiki-taka, de pé em pé.
Correu muito, mas correu errado. A maioria das tentativas de bote não vingou.
Mas teve fôlego para tal. Afinal, a preparação física para o duelo foi mais do que suficiente. Jogo contra o Grêmio foi no sábado e, depois, apenas na quinta diante dos paranaenses. Quatro dias de um jogo para o outro é até luxo.
Pois bem.
O Majestoso vem aí. Já no domingo. Serão apenas dois dias de descanso.
E contra o time de Fernando Diniz. Todo mundo sabe que a tática dele é a mesma: sair de trás tocando a bola, passar pelas primeiras linhas de marcação e ter um campo inteiro pela frente, pegando o rival cheio de buracos.
E aí está o problema.
Serão apenas dos dias de descanso. Vai ter problema se tentar fazer a estratégia de marcação alta sem perna para tal. Será como pular de um precipício.
A chance de o time "morrer" fisicamente no segundo tempo é enorme. Eu diria que quase certa.
Pra mim está claro: Carille faz as duas linhas baixas e atua como gosta fora de casa OU poderá ser massacrado no segundo tempo pela falta de perna.
Eu, se fosse o treinador, usaria o mesmo esquema tático da primeira final do Paulistão, com linhas baixas, no tradicional 4-2-3-1, colocando Ralf (ou Gabriel) ao lado de Matheus Jesus como volantes. Uma linha de três com Ramiro (direita), Vital (centralizado) e Clayson (esquerda). E o homem de referência (Love ou Boselli).
Concordam comigo? Também acham arriscado marcar lá em cima com o físico debilitado? Que time colocariam no Morumbi?
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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