Corinthians perde título nos minutos finais mesmo após levar decisão contra Magnus para prorrogação

Neste domingo, Corinthians e Magnus fizeram a grande final do Paulista de Futsal. O jogo iniciou às 11h45 na Arena Sorocaba. O Timão venceu o tempo normal por 2 a 1 e voltou a marcar mais dois gols na prorrogação. A equipe do Magnus também marcou mais dois. Com 2 a 2 no marcador da prorrogação, o título foi para o time do interior.

No confronto de ida, o time alvinegro havia sido superado por 3 a 2, em pleno Ginásio Wlamir Marques, no Parque São Jorge, casa corinthiana. Sendo assim, o Timão precisava vencer o jogo com qualquer vantagem para levar à prorrogação e ter a chance de levantar a taça. É importante ressaltar que na prorrogação, o empate dava o título ao Magnus, que apresentava melhor campanha na competição.

O primeiro tempo apresentou um clima extremamente hostil. A torcida do Corinthians “driblou” o sistema de torcida única e esteve presente no ginásio, acendeu sinalizadores e fez com que o jogo fosse paralisado por diversas vezes. Em uma disputa muito pegada também dentro de quadra, o placar ficou em 1 a 0 para o Timão ao final dos 20 minutos iniciais.

No segundo tempo, o jogo foi melhor em termos de jogo. O Magnus chegou a empatar, mas o Timão fez mais um, fechando o placar em 2 a 1 e garantindo a prorrogação, que terminou em um empate por 2 a 2 e, consequentemente, em título para o Magnus.

Agora, a equipe de futsal do clube do Parque São Jorge volta as atenções para o Estadual de Futsal 2023. Já na próxima terça-feira, dia 3, o Timão vai ao ABC paulista, no Ginásio Noêmia Assunção, para enfrentar a equipe do Santo André de Futsal pela quinta rodada da competição.

Escalação

Para a decisão, Deividy Hadson foi a campo com tudo que tinha de melhor. Allan e Sinésio não jogaram a ida, e voltaram a ficar de fora devido às lesões sofridas. Sendo assim, o Timão iniciou o confronto com o seguinte quinteto: Lucas Oliveira, Luisinho, Daniel Japonês, Canabarro e Deives.

O Magnus, por sua vez, foi para a quadra com: Françoar, Lucas Gomes, Ricardinho, Pepita e Genaro.

O jogo

Primeiro Tempo

Como era de se esperar, o jogo começou muito truncado. As equipes pareciam querer muito o título. Tanto os jogadores do Corinthians, quanto os do Magnus, chegavam fortes nas divididas. Nos primeiros minutos, a partida não teve grandes chances de gol e somente aos três minutos a primeira finalização aconteceu. Pepita bateu de longe, forte e com perigo, mas Lucas Oliveira fez bela defesa.

O Magnus gostava mais da bola e começava a dominar o jogo. Logo após a primeira finalização, a equipe de Sorocaba chegou mais uma vez. Pepita pegou o rebote de Lucas Oliveira e quase marcou, o goleiro salvou novamente o Corinthians. Em seguida, mais uma defesa do goleiro alvinegro, após uma finalização de longe.

Após o sufoco do Magnus para cima da defesa do Corinthians, o jogo tomou cara de final e a rivalidade entre as equipes ficou evidente. Deives arrancou pela direita e fez falta no marcador adversário. Em sequência do lance, Lucas Gomes desarmou o corinthiano, que ficou no chão já com o jogo parado. O lance, até então comum, foi suficiente para o início de uma briga generalizada entre os atletas. Daniel Japonês, pelo Corinthians, levou cartão amarelo.

A partida ficou paralisada por cinco minutos por conta da confusão. Na volta, as equipes não deixaram de encarar o jogo com bastante afinco. O clima em quadra ainda era tenso e a torcida rival provocava os jogadores alvinegros.

Aos 6 minutos de jogo, a torcida corinthiana paralisou o jogo novamente, dessa vez com sinalizadores acesos na arquibancada. Inicialmente, a federação nem contava que o visitante tivesse torcida presente em quadra, já que era proibido até mesmo a entrada de público que vestisse a camisa do Corinthians.

O jogo voltou após dois minutos de pausa e mesmo sendo proibido, a torcida alvinegra continuou cantando nas arquibancadas. Vestindo camisas pretas e brancas “comuns”, ninguém tinha o escudo do clube na roupa, burlando o sistema de torcida única previsto antes da bola rolar.

Aos sete minutos de partida, Elisandro acertou uma pancada no travessão. A bola pingou na linha do gol de Lucas Oliveira e por pouco não foi o suficiente para o primeiro gol do Magnus na partida. A equipe rival parecia mais confortável no cenário de guerra que a partida ia tomando.

Com oito minutos, finalmente o Corinthians finalizou. Yan, que saiu do banco, bateu firme pela esquerda após a reposição de Lucas, mas a bola foi no meio do gol. O goleiro Françoar encaixou bem e tranquilizou a equipe do Magnus. Essa foi a primeira chance do Timão diretamente na meta adversária.

O Magnus seguiu melhor, Pepita era quem criava as melhores oportunidades da partida. O atleta rival sempre chutava de longe quando via o espaço aberto. Aos 13 minutos, novamente com ele, o Magnus finalizou de longe e levou muito perigo. A bola passou do lado da meta de Lucas, que se viu assustado.

A quadra estava completamente cheia de fumaça pelos sinalizadores que foram acendidos, mesmo assim a partida seguiu. A equipe técnica do Magnus pedia para a paralisação do jogo, devido ao ginásio “nublado”. Faltando seis minutos e meio para o fim do primeiro tempo, o juiz chamou os capitães das equipes para conversar.

Com a visibilidade um pouco melhor, a bola voltou a rolar após alguns minutos paralisado. Logo no retorno, Canabarro fez falta dura e levou amarelo. Na cobrança, uma jogada ensaiada do Magnus resultou em mais uma finalização de Pepita, novamente muito perigosa. A bola passou ao lado esquerdo de Lucas Oliveira, para fora.

Faltando dois minutos e meio para o fim da primeira etapa, foi o Corinthians quem abriu o placar. Em meio de um jogo tenso e com muito nervosismo em ambos os lados, Gugu Flores recebeu de costas, fez um pivô perfeito, virou e bateu. A bola foi direto para o gol, sem chances de defesa. 1 a 0 Corinthians.

Mesmo com o Magnus dominando a maior parte do tempo, o primeiro tempo ficou ótimo para o Corinthians. Nos últimos segundos, o time de Sorocaba chegou a jogar com goleiro linha, mas não foi o suficiente para empatar a partida. Entre várias paralisações e com um clima hostil em quadra, o Timão foi para o intervalo em vantagem no jogo e vivíssimo para a conquista do título.

Segundo tempo

No início da segunda etapa, o clima fora de quadra era mais tranquilo, mas com a bola rolando, o Magnus continuava pressionando o Timão. Em menos de um minuto de bola rolando, a equipe do interior já tinha finalizado três vezes no gol de Lucas Oliveira. O goleiro corinthiano fazia uma partida espetacular.

Com dois minutos da segunda etapa, quase o Corinthians ampliou. Em um contra ataque, Alves finalizou e a bola sobrou em rebote para Luisinho. O ala bateu de cabeça e o goleiro Françoar fez um milagre para salvar o Magnus, evitando o segundo do Timão.

A partida virou um verdadeiro frenesi. Era lá e cá a todo momento. O Magnus criava as melhores oportunidades e o Corinthians saia para o contra ataque. Sem dúvidas, o nome do elenco alvinegro vinha sendo o goleiro Lucas Oliveira, que evitou o empate várias vezes durante o segundo tempo.

Aos 12 minutos, Canabarro fez falta na entrada da área e acabou levando o segundo amarelo, sendo expulso. Na reclamação, Deividy Hadson também recebeu cartão vermelho e precisou sair de quadra. Vale lembrar que no futsal, com um atleta expulso, a equipe fica com um atleta a menos por dois minutos, ou até o time adversário fazer um gol.

O Corinthians segurava com muita raça o placar, mas faltando cinco minutos para o fim da partida, ainda com apenas quatro atletas alvinegros em campo, Pepita deu um bico na entrada da área e empatou. 1 a 1 no marcador.

Prontamente, o Timão colocou goleiro linha em campo. No modo Corinthians de ser, segundos depois de levar o empate, Levy bateu forte de fora e contou com uma falha de Françoar para voltar à frente do placar. 2 a 1 para o Corinthians.

Faltando três minutos para o fim, o Magnus voltou a ter goleiro linha em campo. A estratégia do técnico Ricardinho era empatar a partida e conquistar o título no tempo normal. O Timão conseguiu segurar o placar e levou o jogo para a prorrogação.

Prorrogação

O Timão precisava vencer a prorrogação para levar o título, já que o empate dava a taça ao Magnus. Assim, logo no início, o Corinthians já tinha goleiro linha em quadra. Quando não tinha a posse, Lucas Oliveira voltava a defender a meta.

Nos primeiros cinco minutos, no primeiro tempo da prorrogação, o Corinthians teve as melhores oportunidades com Levy, chutando de fora da área. A marcação do Magnus era forte. Terminou sem gols.

Os cinco minutos finais foram históricos. Com três minutos e meio de partida, Levy bateu de fora da área e Deives desviou. O Corinthians alcançou o gol que precisava até então. 3 a 1 no agregado, 1 a 0 na prorrogação.

O cenário mudou. A partir do tento anotado pelo camisa 10 do Corinthians,era o Magnus que precisava do gol e colocava goleiro linha em quadra. Um vacilo de Ernesto, deixou o Timão mais a frente do placar. Yan roubou na pequena área e só empurrou para as redes. 4 a 1 no placar, 2 a 0 na prorrogação.

Ricardinho descontou, faltando um minuto para o fim. De fora da área, o atleta do Magnus marcou um golaço. 4 a 2 no marcador, 2 a 1 na prorrogação. Para a tristeza dos torcedores alvinegros, Genaro marcou mais um há 23 segundos do fim. 4 a 3 no marcador, 2 a 2 na prorrogação e título do Magnus.