Palmeirenses e PM brigam; Ministério Público põe a culpa nos corinthianos
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Por Mayara Munhoz
Antes do clássico entre Palmeiras e Corinthians começar, no Allianz Parque, as duas torcidas se envolveram em confusões. Do lado corinthiano, houve um início de confusão entre a própria torcida, já dentro do estádio, que foi rapidamente dissipado.
O maior problema, porém, não teve nada a ver com a torcida do Corinthians - a PM entrou em conflito com palmeirenses na entrada do estádio. O confronto teve uso de bombas e gás lacrimogêneo, e ação da tropa de choque da PM.
A atuação da polícia foi considerada "excessiva" por muitos que deram depoimentos, e o clima foi muito tenso na chegada ao estádio. Apesar disso, sobrou mais uma vez para o Corinthians: o promotor do Ministério Público, Paulo Castilho, que recomendou que o jogo tivesse torcida única, culpou o ex-presidente Mário Gobbi pelo ocorrido.
'Nós não somos contra as duas torcidas. Mas precisamos tirar os ingressos de visitante das mãos da organizada. Os bilhetes precisam ser pulverizados e incluir o público comum. Só que os dirigentes são reféns da torcida organizada. O senhor Mário Gobbi saiu loucamente em defesa da Gaviões da Fiel e exigiu ingresso para visitante. Agora tem de ser responsabilizado. O papel do MP foi feito', disse Castilho, em entrevista à Rádio Globo.
A confusão começou na quarta-feira, durante o jogo da Libertadores contra o Once Caldas. O Corinthians foi avisado da recomendação, entrou com pedido na Justiça e ganhou. Antes da decisão final da Federação Paulista, Mário Gobbi, até então presidente, anunciou que o Corinthians não entraria em campo caso não recebesse os ingressos. Após a ameaça, a FPF voltou atrás e liberou os ingressos.
'Meu trabalho consistiu em alertar as autoridades e órgãos responsáveis para que fizéssemos com uma torcida só. Aconteceu o que o MP já previa. Tenho certeza que o Dr. Roberto Senise vai instaurar o procedimento para apurar as responsabilidades de todos os que afirmaram que eram capazes de garantir tudo com segurança, inclusive a Polícia Militar', concluiu.