Vice-presidente do Corinthians fala sobre impeachment: 'Alguma mudança tem de existir'
3.9 mil visualizações 32 comentários Reportar erro
Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni
O Corinthians vive, nesta noite de segunda-feira, a expectativa em torno da votação do Conselho Deliberativo pela continuidade ou não do processo de impeachment contra Roberto de Andrade. Na chegada ao Parque São Jorge, o segundo vice-presidente da atual gestão, Jorge Kalil, polemizou ao sugerir a necessidade de uma mudança na alta cúpula alvinegra.
"A saída de qualquer presidente é sempre traumática. Mas o Corinthians não pode continuar como está hoje. Algum tipo de mudança tem de existir, seja ela com o presidente Roberto de Andrade ou sem Roberto de Andrade. Que seja o melhor e menos traumático para o Corinthians", analisou o cartola.
Kalil assumiu ao lado de Roberto de Andrade em fevereiro de 2015. No fim do ano passado, pediu licença da vice-presidência e reclamou publicamente da falta de espaço que tinha nas decisões da diretoria. Neste mês de fevereiro, ele voltou a exercer o cargo.
"Eu não diria que existem defeitos (na atual diretoria). Existem algumas ações que não estão de encontro (sic) com a expectativa do torcedor, do conselheiro. Eu muito pouco tenho participado da administração. Tentei várias vezes, me coloquei à disposição, mas não fui chamado e respeito a hierarquia. O regime é presidencialista", explicou.
"Não fiz nada de errado para renunciar. A renúncia é uma fraqueza daqueles que têm algo a temer. E enfatizo: eu não sou candidato à presidência do Corinthians", disse ainda, se referindo ao período de afastamento da vice-presidência solicitado em dezembro.
Por fim, Kalil falou sobre o futuro do Corinthians no caso de Roberto de Andrade ser afastado da presidência. O vice mostrou-se conformado com a possibilidade de André Luiz de Oliveira, o André Negão, assumir o cargo temporariamente.
"Eu sou médico. Jamais vou operar um paciente se eu não tiver certeza de sua doença. Então falar sobre hipóteses não me atrai. Se o André tiver de ser o presidente, que seja, porque assim que determina nosso estatuto. É algo que não dá para prever."