Rival obtém autorização para suspender taxa à PM; Corinthians já gastou R$ 1,5 milhão
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Por Mayara Munhoz, Lucas Faraldo e Vinícius Souza
Uma vitória conquistada pelo arquirrival no âmbito jurídico pode servir de exemplo ao Corinthians. Segundo decisão divulgada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) nesta semana, o Palmeiras obteve uma liminar que o assegura a suspender o pagamento de taxas de policiamento por suas partidas no Allianz Parque. Em outras palavras, o clube alviverde não será mais obrigado a repassar valores à PM.
O portal Espn.com.br revelou que as quantias depositadas pelo Palmeiras não são destinadas aos salários dos policiais, mas ao Tesouro estadual. Os advogados da equipe argumentaram, entre outras alegações, que a imposição das taxas de policiamento é inconstitucional. Ao menos R$ 600 mil foram diluídos das bilheterias do time da Barra Funda com embates da Série A para cobrir o tributo.
A decisão favorável ao Palmeiras abre caminho às demais agremiações da Série A, entre elas o Corinthians. De acordo com levantamento do Meu Timão, a diretoria alvinegra já gastou, apenas em 2017, R$ 1,5 milhão em impostos à Polícia Militar de São Paulo, que, por sua vez, é ressarcida pelo governo do estado.
O montante representa 3,8% da renda bruta da Arena Corinthians com bilheteria na temporada. Considerando os compromissos do Paulistão, da Copa do Brasil e do Brasileirão, o fundo que administra o estádio embolsou cerca de R$ 39 milhões (ingressos, alimentos, etc.). Somente os números de três confrontos não estão no balanço: 1 x 0 contra a Ferroviária (amistoso); 2 x 0 sobre Universidad de Chile e Patriotas, da Colômbia, cujos borderôs não foram disponibilizados pela Conmebol.
O Meu Timão procurou o diretor jurídico do Corinthians, Luiz Alberto Bussab, para comentar o assunto, mas não houve resposta.
A reportagem também consultou um especialista na área de justiça esportiva e ouviu que, assim como o Palmeiras, há possibilidade de o Corinthians solicitar ao TJ-SP a interrupção dos pagamentos à PM.