Diretor jurídico do Corinthians admite chance do clube pagar por Jô: 'Precisará ser resolvido'
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Por Meu Timão
O diretor jurídico do Corinthians, Fábio Trubilhano, reconheceu em entrevista publicada neste sábado a possibilidade de o clube precisar pagar ao menos uma parte dos R$ 18 milhões envolvendo a rescisão do atacante Jô com o Nagoya Grampus. O processo corre na Corte Arbitral do Esporte.
Em conversa com o GloboEsporte.com, Trubilhano reconheceu que o Timão sabia das chances de um processo ser pedido pelos japoneses no momento da contratação do atacante. Porém, pelo histórico do jogador com o clube, não teve dúvidas ao proceder com a contratação.
"Eu vejo com boas perspectivas de recurso, havia uma possibilidade de derrota, mas, em razão do prestígio que tem o Jô, a importância, e o entendimento de que temos boa chance na discussão, o presidente tomou a decisão da contratação", disse, confiante em uma vitória jurídica, mas deixando clara a chance de pagamento em caso de novo insucesso.
"Nós ainda não trabalhamos com essa perspectiva de condenação. Se houver essa situação, a gente vai precisar sentar e conversar para essa quitação. Não será na gestão do Andrés, mas isso precisará ser resolvido", continuou.
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Com a derrota na primeira instância da CAS, o Timão foi condenado a pagar 3,4 milhões de dólares (cerca de R$ 18 milhões) ao clube japonês por quebra de contrato do centroavante. Na época do anúncio do atleta, seu ex-time lançou nota confirmando a rescisão, mas destacando que iria à Justiça por entender que o fim do contrato se deu por justa causa.
Apesar da dura decisão, o Corinthians ainda pode reverter a situação. Isso porque é possível recorrer na Corte Arbitral do Esporte. No dia do anúncio, na semana passada, a assessoria do clube disse que o caso seria diretamente discutido entre Jô e Nagoya Grampus.
"O Sport Club Corinthians Paulista recebeu na tarde desta terça- feira (24) o resultado da decisão que envolve o atleta Jô e seu ex-clube, Nagoya Grampus. O clube tem dez dias para solicitar os fundamentos da decisão para a FIFA e assim tomar as providências necessárias", dizia o comunicado.
A assessoria do jogador se posicionou na época dizendo que a rescisão contratual não se deu por justa causa, mas sim por uma série de acontecimentos, sobretudo durante a pandemia do novo coronavírus.
Quem também se posicionou na época foi o advogado de Jô, Breno Tannuri, que afirmou ver chances muito pequenas de qualquer punição ao jogador e ao Corinthians ainda em julho. Por conta do processo, vale lembrar, o time japonês demorou a entregar os documentos necessários para regularização do centroavante, atrasando sua reestreia.