Ex-funcionários do Corinthians lembram sofrimento que culminou na aposentadoria de Ronaldo
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Por Meu Timão
No domingo em que o Corinthians enfrenta o Flamengo, um acontecimento importante completa aniversário de uma década: a aposentadoria de Ronaldo. No dia 14 de fevereiro de 2011, dias depois da traumática eliminação para o Tolima, o atacante resolveu pendurar as chuteiras. E quem dividia o dia a dia com ele lembra bem os motivos.
Capitão da conquista do Paulistão ao lado do craque, William virou dirigente e teve que dar uma dura no ex-companheiro: sua parte física já não parecia suficiente para competir em alto nível.
"No segundo semestre de 2010 ele já não estava conseguindo ter a mesma performance, obviamente por todos os sacrifícios que fez na carreira. Cada vez mais se tornava penoso para ele. Quando virei gerente, acreditava que ele poderia ainda performar muito bem como em 2009, mas que teria de fazer um sacrifício novamente para melhorar alguns quesitos", lembrou o ex-zagueiro, em entrevista ao GloboEsporte.com.
"Acredito que ele percebeu que o corpo dele talvez não fosse responder mais uma vez, e aí ele tomou a decisão de parar", completou.
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Responsável pela recuperação física que o fez ser protagonista em 2009, com os títulos do Paulistão e da Copa do Brasil, o fisioterapeuta Bruno Mazziotti também lembra da situação de Ronaldo naquela altura de sua carreira: o prazer em jogar bola diminuiu drasticamente em meio as dores que ele sentia.
"Ele poderia ainda almejar algumas coisas aos 34 anos, mas já era uma condição de sofrimento, o prazer já não era tão grande como anos atrás. Não dá para separar a condição física da condição humana, da condição mental. Assim temos um entendimento do que acontece com um atleta. É uma guerra mental", conta.
"Ele disse que estava mal de cabeça, que não aguentava mais a rotina de treinar e se machucar. Disse que não queria mais", completa o ex-assessor Guilherme Prado.