Em meio a momento financeiro delicado, o Corinthians dá mais espaço para os jovens da base na atual temporada. Além da motivação extra para os atletas que já estão entrando em campo pelo profissional, a mudança de filosofia também anima quem ainda sonha com uma vaga no grupo principal de Vagner Mancini. É o caso do zagueiro Lucas Belezi.

"Estão usando muito mais a base. Isso nos dá energia para trabalhar. Porque se eles estão subindo, a gente também pode. Isso dá um gás a mais. É o sonho de todo mundo estar no profissional, batalhamos por isso. Fazendo por merecer, as oportunidaes vão ser maiores e isso só vai agregar ao Corinthians e a nós atletas", disse, em entrevista ao Meu Timão no quadro Terrão, da Twitch - siga clicando aqui.

Referência no Sub-17 até a última temporada, o defensor agora faz parte do Sub-20 e observa de perto uma série de amigos iniciarem suas trajetórias como profissional no CT Joaquim Grava.

"A gente vê nossos amigos, que estão conosco desde pequenos. O Donelli cresceu comigo, jogo com ele desde os dez anos. Somos muito amigos. Cauê também, o Biro. A gente fica muito feliz por eles estarem lá. Mantemos contato e eles nos falam que é só continuar trabalhando como fazemos que as oportunidades vão aparecer", afirmou.

"O clube está mais aberto para confiar nos garotos da base para suprir o momento de crise financeira e reconhecer quem está batalhando na base e se destacando. É um reconhecimento importante", acrescentou.

Belezi, vale destacar, já fez sua estreia pelo profissional. Na pausa para a Copa América de 2019, o atleta entrou em campo em amistoso contra o Botafogo-SP. Na oportunidade, fez história ao ser o mais jovem jogador a jogar pelo Corinthians, com pouco mais de 16 anos. Naquele momento, viu a importância dos nomes mais experientes no processo de transição ao profissional e guarda com carinho cada conselho.

"Os mais experientes são fundamentais para a gente nessa transição, tanto para passar confiança e para mostrar a realidade. O futebol é diferente da base para o profissional, muda cabeça, velocidade de jogo e outras coisas. Eles são fundamentais para a gente, vemos eles como exemplos. Essa coisa deles abraçarem a gente é muito importante, porque a gente se sente mais confiante. Se sentindo mais confiante vamos evoluir melhor, evoluir melhor", relembrou.

"Na época que subi para fazer esse amistoso eu lembro que os que mais conversaram comigo foram o Danilo Avelar, Henrique, Gabriel, Bruno Méndez e o Boselli. Conversaram muito com a gente, nos abraçaram de uma forma que guardo até hoje dentro de mim. Eu estava muito nervoso por estar ali, sem saber o que fazer e como agir. Chegou o Danilo Avelar, o Henrique e o Gabriel para passar muita confiança. Nos falaram para fazer o simples, aquilo que fazíamos na base, que tudo estaria de ótimo tamanho. Falaram que não precisávamos inventar para não sair queimado do jogo. Nos passaram muita confiança e deixaram a gente bem tranquilo. Isso é uma das coisas que carrego comigo até hoje", finalizou.

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