O Corinthians fez sua primeira exibição no Amazonas, um dos principais estados do Brasil, há apenas 50 anos. Distante de Manaus, capital do local, o Timão demorou mais de 60 anos para pegar um avião e se apresentar diante do público local com o seu time principal - Rivellino esteve em campo.

O duelo foi marcado graças a um investimento do poder público local, que queria promover a disputa contra o Fast, campeão estadual daquela temporada. O Timão recebeu 60 mil cruzeiros para viajar em meio à disputa do Campeonato Brasileiro daquele ano, no qual detinha a melhor campanha da fase de classificação.

O Timão, que levou o goleiro Ado apenas para fins publicitários, já que o atleta estava machucado, entrou em campo com Sídnei; Zé Maria (Almeida), Baldochi, Luís Carlos, Pedrinho (Miranda), Tião Corinthians, Lindóia, Caíto, Nélson Lopes (Suingue), Rivellino e Aladim (Peri). O técnico era Baltazar, o Cabecinha de Ouro, ídolo dos anos 50.

O clube paulista chegou a adiantar a premiação para que os jogadores pudessem aproveitar a já famosa Zona Franca de Manaus, modelo de desenvolvimento industrial criado para a capital amazonense que consistia em cargas de impostos bem abaixo das praticadas em outros centros do Brasil, principalmente São Paulo.

Em campo, os alvinegros venceram com um gol de Nélson Lopes, em chute de fora da área, e Rivellino, de falta. O craque corinthiano ainda sofreu pênalti, ignorado pela arbitragem, e Laércio descontou para os donos da casa.

Para se ter uma ideia da demora do Timão em conhecer o Amazonas e do quanto a dimensão do Brasil fez com que os estaduais fossem mais relevantes que os torneios nacionais por sete décadas, a equipe já havia atuado em 26 países diferentes do exterior quando foi para lá.

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