Dificuldade da linguagem, história de vida e chegada ao Corinthians: Natascha é a 'Braba' da vez
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Por Meu Timão
O Corinthians deu sequência à série das "Brabas", que produziu com o elenco do Corinthians feminino e o nome da vez que falou, em perfil, foi a "Gringa da Fiel", Natascha. A goleira de 24 anos falou sobre as dificuldades de língua, de adaptação, a história de vida até a chegada ao Timão.
"A barreira de língua. Nos primeiros treinos, nos primeiros meses, mas até hoje. Eu entendo as coisas, mas totalmente diferentes. Às vezes o Edson, preparador de goleiros, sempre falava que eu estava "boiando". E eu 'o quê?'. É uma gíria, né. Aqui em São Paulo tem muitas gírias e isso é muito difícil para uma pessoa de fora aprender o português", iniciou a goleira sobre as primeiras dificuldades que enfrentou ao chegar ao Brasil em entrevista à Corinthians TV.
A jogadora ainda não teve a permanência confirmada no Corinthians para a temporada 2023. O contrato dela acaba ao final de maio deste ano, depois de passar o último ano emprestada ao Flamengo.
"Sempre gostei muito do Manuel Neuer, do Bayern e da Seleção. Gosto muito do jeito que ele joga, como líbero, e a tranquilidade do jogo de pés que ele tem. É muita inspiração pra mim. Onde ele joga no campo, é outro nível", falou a jogador sobre as inspirações na carreira.
Natascha, vale lembrar, apesar de ter nascido na Suíça, tem mãe brasileira e chegou a defender a Seleção Brasileira Feminina em mais de uma oportunidade.
"Minha mãe. Admiro ela muito porque ela saiu do Brasil para um país como a Suíça, que ele mal conhecia e nem falava a língua. Foi para um país para tentar outra vida. Admiro ela pelo que fez e como ela é, sempre muito alegre, tenta ajudar todo mundo e agora falando dela senti muita saudades dela", desabafou a goleira.
A "Gringa da Fiel" atuou pela Suíça até a categoria sub-19, disputando, inclusive, a Eurocopa Feminina da categoria. Chegando ao Brasil, optou por atuar vestindo a Amarelinha.
"Sempre falava pra minha mãe que queria jogar na Seleção. Gostaria um dia de viver no Brasil, mas no começo ela 'morar no Brasil, sozinha, é perigoso'. Por isso meu primeiro passo foi jogar na França, primeira vez morando sozinha, longe dos meus pais. Foi uma experiência importante. Aprendi a ficar sozinha e me virar sozinha", finalizou a goleira.