Oswaldo brinca do medo dos adversários com Edilson e fala sobre jogo no aniversário do Corinthians
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Por André Udlis, Vitor Chicarolli e Victor Gomes
Oswaldo de Oliveira esteve nesta sexta-feira comandando o Corinthians em jogo festivo no aniversário de 113 anos do clube, assim como fez em 2000 no Mundial de Clubes
José Manoel Idalgo
Na noite da última sexta-feira, ocorreu na Neo Química Arena um jogo festivo do Corinthians Máster contra as Lendas do Real Madrid. O amistoso foi realizado por conta do aniversário de 113 anos do Timão, que organizou uma bonita festa para a Fiel com diversos ídolos do clube em campo, a maior parte deles fez parte do título mundial do clube paulista em 2000, no Maracanã.
O técnico do Corinthians na partida foi Oswaldo de Oliveira, assim como no Mundial de Clubes de 2000, sendo o comandante da equipe que conquistou o mundo com o Timão pela primeira vez. O treinador comentou sobre as similaridades da partida desta sexta-feira com a que foi realizada contra o Real Madrid naquela edição do Mundial de 2000.
Oswaldo relembrou que o placar terminou da mesma forma, com um 2 a 2, além da ordem dos gols, que saíram na mesma ordem, porém de maneira invertida.
“Pois é, rapaz! Estava comentando isso agora. O andamento que não foi igual, porque fizemos primeiro hoje e eles viraram. Da outra vez eles fizeram e nós viramos e no final eles empataram. Mas de qualquer maneira é uma semelhança e, aqui para nós, empatar duas vezes com o Real Madrid é sopa no mel”, disse Oswaldo na zona mista.
O técnico do Mundial de Clubes de 2000 do Corinthians ainda celebrou a chance de poder reencontrar companheiros que estavam no começo do século no clube do Parque São Jorge. Além disso, Oswaldo falou com Ricardinho que o ex-camisa 11 do Timão poderia estar atuando até os dias de hoje como meia.
“É uma coisa gratificante. Ver esses caras que estavam no campo, tudo bem que os nossos também, falei para o Ricardinho: 'Ricardinho, se estou num clube mando te contratar'. Ele está jogando mais que todo mundo. O cara é um mágico dentro do campo, descobre os espaços, é milimétrico na ligação... enfim, estou muito feliz de ter tido essa possibilidade. Agradeço muito ao Corinthians, à Fiel, aos jogadores de me darem essa chance de reviver esse episódio maravilhoso”, falou.
Um lance que marcou o jogo entre Corinthians x Real Madrid no Mundial de Clubes de 2000 foi o golaço de Edilson, com direito a caneta em Karembeu para deixar o defensor do clube espanhol para trás. Oswaldo disse que reparou nos adversários na última noite e comentou que ficavam apreensivos em marcar o atacante corinthiano, pois estavam preocupados em serem driblados pelo camisa 10.
“Eu hoje, não é brincadeira, teve um momento que o Edilson dominou a bola, levou para o Karembeu e eu falei: 'meu Deus do céu, eu não mereço isso'. É lindo demais. Ele para a bola e o Karembeu com aquele olhão assim. É muito legal, muito gostoso. É divino… Eu acho (que o pessoal estava com medo de tomar outra caneta), porque ele (Edilson) pegava a bola e os caras juntavam os tornozelos (risos)”, brincou o técnico.
Oswaldo aproveitou a chance de encontrar tantos ex-companheiros para lembrar de alguns jogadores que estavam no elenco de 2000 mas acabaram morrendo. Rincón e Gilmar Fubá foram os atletas que o técnico lamentou a ausência por motivos superiores, além do fisiologista Renato Lotufo.
“É um sonho. Quando voltei a última vez, o futebol falou: 'Oswaldo você aceitou um desafio' e eu disse que não era um desafio, era um orgulho, uma alegria muito grande trabalhar no Corinthians. Hoje estar aqui participando dessa festa, revendo pessoas, embora que por um motivo fúnebre alguns não estejam aqui. Renato Lotufo, que era nosso fisiologista, Freddy Rincón, Gilmar Fubá e outras pessoas da comissão técnica que não puderam vir: Antônio Carlos Melo, PC Gusmão, Luciano Sinhorelli, Fábio Mahseredjian e tantos outros”, disse.
“Mas de qualquer maneira, os reencontros que tivemos justificam. Foi um momento maravilhoso, que me fez entrar no túnel do tempo e voltar para o dia 14 de janeiro de 2000 e reviver aquela emoção maravilhosa que tivemos naquela época. A coincidência de repetir o 2 a 2”, comentou.
