António Oliveira fala sobre reta final do Paulistão e diz o que o Corinthians precisa para evoluir
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Por Pedro Mairton, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
António Oliveira disse o que o Corinthians precisa para evoluir
Danilo Fernandes / Meu Timão
A euforia do empate heroico do Corinthians contra o Palmeiras neste domingo, na Arena Barueri, tem menos de um dia de validade. Isso porque o Timão se reapresenta no CT Joaquim Grava nesta segunda-feira já pensando no duelo diante do Cianorte, pela Copa do Brasil, e também na reta final do Paulistão, que resta apenas três jogos para o fim da primeira fase.
Lanterna do Grupo C, o Corinthians chegou aos dez pontos na tabela, mas ainda está a quatro de distância do Mirassol, o segundo colocado. Apesar de ainda seguir em situação preocupante no Estadual, o técnico António Oliveira entende que o mais importante nesse momento é o descanso da equipe.
“Desde que eu cheguei nós vivemos jogo a jogo e é nessa perspectiva que vamos continuar em cada treino e em cada preparação, para melhor nos prepararmos para conseguir disputar a vitória em todos eles. Eu acho que nessa altura o mais importante é descansarmos. Com os jogos de Ponte, Água Santa e Santo André, vamos ter tempo para falar sobre eles, mas é de perceber que provavelmente, ganhando os três jogos estaremos apurados”, disse António Oliveira em entrevista coletiva após o Dérbi.
A partida do Corinthians contra o Cianorte pela Copa do Brasil será disputada em jogo único. Pelo regulamento, o Timão tem a vantagem do empate para sair com a classificação por ser o time visitante, já em caso de derrota a equipe alvinegra é eliminada do torneio logo na primeira fase. António Oliveira alertou sobre a ida do céu ao inferno em pouco tempo.
“Não podemos ir do céu ao inferno em uma semana. Sei que é a cultura brasileira, mas dia semana atrás estávamos falando de uma outra situação. O futebol é isso, por isso é apaixonante. Ele te dá oportunidades e se ele nos dar, vamos agarrar. Agora é importante descansar e nos prepararam para o jogo contra o Cianorte, que vamos nos preparar de forma séria, responsável, para passar para a semana seguinte que é o que pretendemos”, alertou o treinador.
Antes do Dérbi, o Corinthians foi recepcionado pela torcida no embarque da delegação, no CT Joaquim Grava. Mesmo sob forte chuva na capital paulista, a Fiel não deixou de apoiar a equipe, e António Oliveira aproveitou a coletiva de imprensa para agradecer a presença dos corinthianos.
“Queria falar sobre a torcida, que compareceu a nossa saída. Como se costuma dizer: ‘aqui é Corinthians’. Nós jamais vamos desistir”, agradeceu.
O que falta para o Corinthians evoluir
Mesmo invicto no comando do Corinthians, com duas vitórias e um empate em três jogos, António Oliveira entende que o Timão ainda tem muito a evoluir. Contudo, para isso, o português ressaltou a necessidade de um período de treinos para trabalhar com o elenco.
“Temos muita coisa para melhorar, tivemos apenas quatro treinos, mas precisamos de tempo e semanas cheias para conseguirmos evoluir nosso jogo. Uma palavra mais uma vez para nossos jogadores, que nunca desistiram, acertamos, erramos. Nestes jogos, contra equipes qualificadas, não podemos errar e contemos alguns, principalmente no primeiro gol. Situação de bola parada que temos que ficar fortes e nesses clássicos isso é determinante. Temos que trabalhar cada vez mais, para preparar melhor e cada vez mais ganhar jogos”, explicou.
António Oliveira aceitou o convite de treinar o Corinthians mesmo com o time em crise e vindo de cinco derrotas seguidas no Paulistão. O técnico exaltou o Timão e falou sobre a vontade de treinar o clube do Parque São Jorge.
“Quando nós mais mergulhamos temos dimensão deste enorme clube. Eu já ouvi na apresentação que quando foi feito o convite, minha equipe tinha muitos jogadores que jogaram aqui, à medida que vinham falando do Corinthians, mais vontade eu tinha de estar aqui. Eu vim com perspectiva de criar felicidade a torcida, aos jogadores, ao clube. Mas sou apenas mais uma peça onde tem muitas peças e todas elas são importantes, sem uma delas nada funciona. Percebemos que o caminho que fizemos é curto, tem um caminho longo para percorrer”, concluiu.
