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Imediatismo e puxões de orelha: ex-promessa do Corinthians relembra falta de chances no profissional

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Por Meu Timão

Fabricio Oya integrou o elenco profissional do Corinthians a partir de 2019

Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Na última década, Fabricio Oya era um dos nomes mais visados pela torcida durante sua presença no Sub-20 do Corinthians. O sucesso de títulos na categoria, porém, foi superado pelo imediatismo do futebol brasileiro, como destacou o próprio meia.

Em entrevista ao ge.globo, o jogador relembrou detalhes sobre sua passagem pelo Timão, que começou em 2010 e se encerrou em 2021. Aos 24 anos, Fabricio Oya reconheceu que apesar da regularidade nas categorias de base, a transição para o elenco profissional é o momento mais difícil, ainda mais quando há impaciência entre todos os envolvidos.

"É a parte mais difícil (transição ao profissional). É totalmente diferente o estilo, a velocidade do jogo. Acho que faltou paciência por parte do clube e de minha parte também. O Brasil é muito imediatista. O menino aparece com 17, 18 anos e as pessoas já querem que ele entre e resolva um jogo contra atletas de 30, com dez anos de experiência", iniciou Oya.

Titular do clube alvinegro na conquista da Copinha de 2017, o meio-campista viveu grandes momentos no Sub-20: foram 91 jogos, com 21 gols marcados. A promoção ao elenco principal veio em 2019, com Fabio Carille no comando. Porém, o jovem atleta não tinha concorrência tranquila, já que Jadson e Rodriguinho, campeões nacionais pelo Corinthians, eram os principais meias do elenco.

"Foi uma batalha muito difícil. Eu sabia que teria que ter paciência para esperar minha vez. Naquela época eles estavam voando (risos). Eu tinha os dois como espelho, era onde eu queria estar e chegar. Tem o nosso próprio ego. Com todo o respeito, mas quando entra dentro de campo é todo mundo igual e competindo entre si. Ao mesmo tempo que eu me inspirava e respeitava muito, eu também queria superá-los", lembrou.

Jadson e Rodriguinho não foram as únicas referências do jogador, que ouvia os conselhos da mãe para seguir com estudos ao mesmo tempo em que trilhava a carreira no futebol. Renato Augusto, que deixou o Corinthians ao fim da temporada passada e atualmente no Fluminense, e Danilo, hoje técnico do Sub-20 ex-treinador do extinto Sub-23 (pelo qual Oya atuou), eram os conselheiros do jovem. Fabricio lembra de também usá-los como referência, apesar das cobranças.

"Eles pegavam muito no meu pé, mas eu entendo que era para o meu bem. Hoje, mais maduro, sei que tudo que eles me falavam é verdade. Aprendi muito nesse período. Procurava observar ao máximo o comportamento deles. Depois o Danilo foi meu treinador no Sub-23 e também tivemos uma troca legal", afirmou.

Com apenas um jogo disputado no elenco profissional, Oya, após empréstimos para São Bento e Oeste, se despediu oficialmente do Parque São Jorge em março de 2021. O jogador acertou com o Torpedo Zhodino, de Belarus, mas voltou ao futebol brasileiro no início do ano seguinte ao assinar com o Azuriz, que disputa a segunda divisão paranaense. A trajetória de altos e baixos leva Oya a aconselhar aos garotos que sonham no futebol: confiança e estudos.

"Se pudesse dar um conselho para quem sonha em jogar profissionalmente, diria para confiar em si mesmo, independente das pessoas ao redor. A mídia, cobrança externa, são coisas que podem te colocar para cima e para baixo. Acreditar no seu potencial, saber onde quer chegar, confiar nas pessoas que querem o seu bem e estudar. O Brasil é muito imediatista. O futebol é rápido, o futebol passa. Se você ficar para trás vai acabar perdendo tempo", completou Fabricio.

Veja mais em: Base do Corinthians, Ex-jogadores do Corinthians e Fabricio Oya.

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  • Comentário mais curtido

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    Philó 216 comentários

    @philo-fiel em

    A verdade é que muitos que fazem sucesso na base não refletem a mesma qualidade no profissional, talvez se tivesse um time B (no formato do Real Castilla) talvez a molecada teria mais situações para adquirir experiência e se preparar.
    O RB Bragantino possui um time B disputando a segunda divisão do estadual, caso o atleta não vá para equipe principal é negociado por bons valores já que o mesmo disputa jogos oficiais.
    Mas se tratando do nosso clube a desorganização é marca registrada.

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  • Últimos comentários

    Foto do perfil de José

    José 142 comentários

    29º. @ghula em

    Na minha opinião, de todos os jogos que assisti e vi o Fabrício Oya atuando, creio que faltava mais "pegada" e raça na corrida e nas disputas de bola.
    Mas tá valendo. Espero que ainda dê tempo de vingar, é muito novo e tem lenha pra queimar.
    O bom é que parece ter a cabeça no lugar.

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    Ricardo 3414 comentários

    28º. @hellblazer em

    Tinha um fã clube aqui que dava piti sempre que alguém ousava falar a verdade. Pé de rato total!

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    Omar 653 comentários

    27º. @ricardo-santos17 em

    Que coisa não?
    O futebol brasileiro é muito imediatista!
    Oya está com 24 anos e ainda não vingou?
    Trágico, trágico!
    Esse ano estarei jogando pelo 50mais.
    A transição é difícil mesmo...
    Eu entendo o Oya.
    Trágico, trágico!

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    Ernesto 9384 comentários

    26º. @ernesto.de.minas em
    A passagem de base para profissional é o vestibular do futebol. Não adianta chorar, quem for bom vai pra frente, a maioria fica pra trás. Oya ficou pra trás.
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    Carlos 973 comentários

    25º. @carlos.gehlen em

    Esse não me iludiu. Era bonzinho, entrosado no time, mas era perceptível que não se desenvolveria fisicamente.

    Ouso dizer que o grande problema dele seja justamente esse fator.