Paulo Farias
Carille segue a lógica do Homer Simpson: 'A culpa é minha, coloco em que eu quiser'.
Na Sul-Americana ele jogou a responsabilidade, de forma covarde, nas costas dos meninos Vital e Pedrinho com a desculpa que o time era muito jovem e sem casca. Sendo que mais de metade do time tem mais de 30 anos, com nego campeão mundial, da América, brasileiro, estadual. Dos titulares daquele jogo o mais bobo é pelo menos campeão paulista.
Ontem ele veio com a pérola de que precisa jogadores que mais agressivos que pisem mais na área e que a diretoria estaria ciente disso e que pediu Gabigol, Roger Guedes e Rodriguinho. Não discordo que precisemos de jogadores mais ofensivos (embora tenhamos um Pedrinho que ele insiste em prender no lado do campo) e que a diretoria tem que estar ciente disso e procurar solução.
Mas vem cá, Carille... Reclamar do planejamento da equipe, que ele ajudou a montar e estava ciente das limitações financeiras do clube, em OUTUBRO? ! Após DEZ MESES o cara vem me dizer que a culpa do time não jogar porque o clube não contratou o que 'ele precisa'.
Olhando que o Carille joga a culpa do futebol lamentável que o Corinthians apresenta no elenco (que obviamente tem culpa também) e na diretoria (que também não é santa), onde entra a parte do treinador? Ou ele não tem responsabilidade nenhuma nessa situação?
Fábio Carille é bom técnico e vencedor, já mostrou isso. Penso que ninguém aqui vai achar pouca coisa o título Brasileiro de 2017 e nem um tri estadual que não conseguíamos há 90 anos. Mas isso não quer dizer que ele não precisa provar mais nada e já pode continuar num clube como o nosso sem se preocupar com nada, sem relacionamento com torcida, elenco e diretoria e muito menos sem evolução tática.
Ele pode até seguir com essa filosofia do Homer Simpson, mas não aqui no Corinthians. Do mesmo jeito que foi humilde no título paulista desse ano em dizer que ganhou sem jogar bem, precisa agora ser humilde e ter hombridade pra assumir suas responsabilidades e culpas nos erros e não querer sua parte apenas nas glórias.