Paulo Schmitt
E meio de tantas abordagens da grande mídia que beiram ao ranço, pela vulgaridade das abordagens, pela parcialidade cretina dos comentadores, pela ausência de jornalistas capazes de captar o elo entre o futebol e a sociedade,
Em meio ao tratamento igualmente vulgar e intolerante de parte da nossa torcida com relação a adversários, em especial os antigos pó de arroz, hoje bambis para aqueles que reproduzem a intolerancia que os 'marajas' nos dedicaram quando nos chamam de povão pé rapado
Em meio a toda essa estranha transformação da história do time do povo, me deparo com uma reportagem dos anos 90, em meio às nostálgicas recordações que lembram a mimha infância, especialmente o dia em que me descobri corinthiano, com 5 anos a me emocionar com o gol de tupãnzinho na final que nos trouxe o primeiro caneco nacional,
Me deparo com uma reportagem que, ao mesmo tempo, me lembrou como a mídia nem sempre foi estúpida, e como eram taxados nossos adversários da final, aquele time de playboy da vila sônia. No texto de Inácio de Loiola Brandão (link do vídeo abaixo) temos a chance de saber da nossa história, do duelo dos' descamisados contra marajás' ou do ' povão contra pó de arroz', da força que sai da dificuldade, da fibra que nos torna fieis em meio a adversidade dentro e fora das linhas do campo de futebol. Pelo menos pra mim, que nasci e cresci no povão, foi na torcida que aprendi a ser resiliente ante a zica alheia, torcendo para o Timão ou enfrentando o dragão de cada dia.
Que São Jorge padroeiro abenções toda a nação, que a nação possa entrar seu caminho de luta contra a intolerância e arrogância daqueles que, desde muito tempo, tentar menosprezar o time do povo, sem jamais conseguir dobrar nossa coragem.
em Bate-Papo da Torcida > Como o nacional de 90 pode nos fazer lembrar de nossa origem na massa