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Post de Lucas no fórum "Off topic" do Meu Timão

A pandemia da COVID-19 tem sido uma época bastante conturbada. Durante esse período, diversas atividades tiveram que ser interrompidas. No futebol, por exemplo, diversas competições tiveram seus jogos postergados em 5 meses, até que a pandemia apresentasse sinais de retração. Na volta às atividades, uma série de restrições aos protocolos para realização de jogos e treinos foram apresentadas para a segurança dos profissionais envolvidos. No caso do Campeonato Brasileiro, a CBF, Confederação Brasileira de Futebol, emitiu um documento nesse sentido. Os protocolos em jogos, por exemplo, compreendem desde exames compulsórios para a detecção da COVID-19 em jogadores em um período de 48 horas anteriores ao jogo, até um controle rigoroso do número de pessoas presentes no evento.

Não pretendo, contudo, me aprofundar em aspectos técnicos desses protocolos, assim como de sua eficácia e sucesso prático. O que me importa é que o futebol mudou, e mudou em diversos aspectos. Um deles bastante acidental, é verdade, mas que acho interessante explorar, é o calendário.

Perceba, o futebol parou em março e retornou em julho. São quase 5 meses de um tempo que não recuperaremos. Por causa disso, os jogos do Brasileirão 2020, se não houver mais nenhuma paralisação, adentrarão 2021, mais precisamente o mês de fevereiro. Com isso, uma oportunidade bastante atrativa se desenha para o futuro do calendário futebolístico brasileiro: ele pode, finalmente, convergir suas datas com o calendário europeu. É claro que, com isso, os campeonatos regionais teriam que ser revistos, e, até quem sabe, extintos.

Mas por qual razão fazer isso?

Bem, diversas razões podem ser levadas em conta e não pretendo abordá-las em sua totalidade. Sem demora, entretanto, vamos lá!

1) As janelas de transferências seriam as mesmas.

Hoje, as janelas de transferências do futebol brasileiro vão de 1 de janeiro até 16 de abril (Janela de pré-temporada) e de 22 de junho até 21 de julho (Janela do meio da temporada). Enquanto isso, as janelas de transferências das maiores ligas europeias como Premier League, Bundesliga, Séria A Tim, La Liga e Ligue 1, vão de 1 de julho até 31 de agosto (Janela de pré-temporada) e de 1 de janeiro até 2 de fevereiro (Janela de meio de temporada). Com isso, os clubes brasileiros têm suas negociações dificultadas e, muitas vezes, encerradas por incompatibilidade de calendário. Com o ajuste proposto, as negociações entre clubes brasileiros e europeus poderiam ser feitas de uma forma mais calma e elaborada.

2) Os times teriam mais tempo para descanso e pré-temporada

Tomemos como exemplo o final da temporada de 2018 e início da temporada de 2019: o clube brasileiro que encerrou suas atividades mais tardiamente foi o Athletico, realizando sua última partida no dia 5 de dezembro, válida pela final da Sulamericana. Apenas 38 dias depois, o clube já tinha compromisso válido pela primeira rodada do Campeonato Paranaense. Para efeito de comparação, na Europa, o time que menos tempo teve entre temporadas foi o PSG, com 77. Na cabeça do ranking de times brasileiros temos o Coritiba com 58 dias entre temporadas. Na Europa, o alemão Borussia Dortmund teve 100 dias livres (Houve paralização de 29 dias nas atividades futebolísticas em decorrência do inverno). As diferenças são imensas e o que está em jogo é a qualidade do futebol jogado e de trabalho, que os times e seus respectivos técnicos terão à disposição na pré-temporada. Não digo que o futebol brasileiro há de se equiparar em qualidade com o futebol europeu, mas com toda a certeza, um time descansado há de performar melhor.

3) A agenda de jogos e as próprias competições poderiam ser revistas e remodeladas

Os campeonatos regionais, por exemplo, poderiam encorpar a agenda de times que ao longo do ano não têm outros torneios para disputar. A elite do futebol brasileiro teria o seu calendário reduzido, o que contribuí para o desenvolvimento do desempenho apresentados, em decorrência de um tempo de preparo e descanso maior. Para os torcedores, a qualidade do entretenimento se eleva.

4) Novos horários poderiam ser explorados

Por decisão da CBF, a diferença entre os jogos de uma mesma equipe deve ser de, no mínimo, 48 horas. Isso implica na criação de horários malucos, como até pouco tempo atrás, em que jogos válidos pela Série A do Brasileirão eram disputados na segunda-feira, de noite. O nível de comparecimento e de audiência caem muito nesse horário. Com a redução do número de jogos, novos horários podem ser elaborados não de forma desleixada e apertada, mas com um esmero e qualidade superiores. Um aspecto bastante interessante é a possibilidade de termos jogos nos meses de janeiro e julho que, tradicionalmente são meses em que a maioria de nós estamos de férias. Com isso, a audiência e o comparecimento aumentariam, representando um aumento de receita para os clubes.

Essas foram as vantagens que encontrei, mas com toda a certeza, existem outras. Uma outra observação importante é a de que estou ciente de que existem aspectos políticos e econômicos que tornariam essa mudança algo bastante complexo, se não impossível. Com a pandemia, contudo, não custa sonhar que as coisas podem vir a melhorar.

em Off topic > O Calendário do futebol e a pandemia

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