Daniel
' Já vi o Corinthians perder, já vi o Corinthians ganhar... Mas jamais vi o Corinthians se entregar' - Mário Sérgio Pontes de Paiva
Só pela célebre frase que sintetiza a Instituição Corinthians, Mário Sérgio já entrou para história do clube. Mas além disso, Mário, ex-jogador e até então comentarista da Band na época, assumiu o Corinthians pós finais do Paulistão e Taça Rio-São Paulo 93, dois títulos perdidos para o 'rivale'. Nelsinho Baptista deixou o clube por uma proposta do oriente médio. Além dele, o Corinthians havia perdido Neto, para o futebol colombiano e Paulo Sérgio, para o futebol alemão. Em contrapartida, o Corinthians trouxe os integrantes do 'carrossel caipira' do Mogi Mirim, o lateral Ademilson, o atacante Leto, o Meia Válber e 'um tal de Rivaldo'. A expectativa geral, era se salvar do rebaixamento, mas Mário Sérgio fez esse time jogar bola, terminou a fase inicial do campeonato invicto, líder na classificação geral, e só não nos levou a final porque durante o campeonato, o Corinthians vendeu Marcelo Djian, seu melhor zagueiro, para o futebol francês. O Corinthians perdeu um único jogo nesse campeonato para o Vitória, por 2 x 1 e nesse jogo, a dupla de zaga corintiana foi formada por Baré e Embu que, 'digassi de passagi' competem para ser a pior dupla que vi jogar. Na volta, em outro jogo acirrado, o Corinthians empatou em 2 x 2. O segundo gol do Vitória saiu em uma cobrança de falta 'em dois lances' ou 'indireta', mas o Roberto Cavalo do Vitória cobrou em direção ao gol e Ronaldo (por desatenção ou falta de conhecimento da regra) tentou a defesa e tocou na bola, validando o gol. Até hoje penso que 'se Ronaldo não fosse naquela bola', seríamos campeões naquele ano. E foi uma pena ver aquele time do Corinthians não ir as finais. Pior ainda foi Mário ter pedido demissão no ano seguinte, muito contrariado com a venda e contratação de jogadores sem seu consentimento. 1994 seria um ano promissor com a manutenção do trabalho que revelou Zé Elias e (por que não?) Rivaldo para o futebol brasileiro. Mário Sérgio voltou 95, mas se demitiu novamente após um empate com o Santos. Só que, desta vez, o trabalho foi tocado brilhantemente por Eduardo Amorim, nos levando a primeira Copa do Brasil e ao título paulista em cima do 'rivale'.
Mesmo assim, dedico esse episódio ao primeiro 'Carille' da minha geração... Cujo o nome passou a ser ventilado sempre que precisávamos de um 'professor' e que foi uma das vítimas daquele trágico acidente da chapecoense.
Galera, valeu pelos comentários do primeiro episódio, foi muito bom a resenha... Espero que gostem do texto e que sirva para matar a saudade daquele campeonato marcante. Logo, logo eu posto o 3º episódio... Abraço!
Abaixo, link do primeiro episódio:
E matérias sobre a saída de Mário Sérgio em 94:
em Off topic > What if...? (E se?) Capítulo 02 - " Ao mestre, com...