Meu Timão

Vou tentar transformar esse tópico numa série minha, aqui no fórum.

Recordando e, se possível, colocando provas e links do que eu digo.

Infelizmente, desse momento, eu não tenho link, até porque acontecem em 95.

Em 95, o Corinthians era campeão da Copa do Brasil e do Paulista, em 95, em cima de Grêmio e Palmeiras.

O Grêmio, naquele tempo, era um erro. Um time que jogava futebol feio e desonesto, comando por um troglodita chamado Luis Felipe, outro erro.

Mas o Palmeiras era o time eleito, preferido da mídia. E havia muitos jornalistas na mídia daquele tempo que não se assumiam palmeirenses, mas que deixavam bem claro que eram e como eram anti corinthianos.

Um deles, nem preciso falar, era o PVC. Suas matérias eram SEMPRE tendenciosas, favorecendo o Palmeiras e diminuindo o Corinthians. Isso tudo antes dele se tornar um comentarista e estatístico como é hoje. Era só um colunistazinho da Placar, que vivia de babar ovo para o Palmeiras, em especial nos anos 'off-budget', quando a Parmalat não investia no clube, como foi em 95 e 97.

Mas neste caso, o jornalista que escreveu a tal matéria, cujo nome não me recordo, foi longe demais. Li a tal coluna com curiosidade porque era assim que eu fazia com qualquer matéria envolvendo o Corinthians, naquele ano.

A história contava o caso de um menino que assistiu a uma derrota do time no Brasileirão daquele ano. O Corinthians tirou o pé no BR-95 porque tinha 'ganhado tudo' no primeiro semestre. Isso era típico da mentalidade do torcedor e do dirigente daquele tempo: ganhou tudo n 1o semestre? Vamos jogar para o gasto no BR.

E o Corinthians fez uma campanha pra não cair, sem se interessar em ficar entre os 8 do mata-mata. Empates e derrotas inexplicáveis e irritantes, vitórias inesperadas, embora inexpressivas.

Decepcionado, o menino saiu na noite de domingo pra 'queimar gasolina'. Naquele tempo, anos 90, assaltos à mão armada em semáforos, à noite, eram mais comuns até do que hoje em dia e quase sempre resultavam em latrocínio. O menino não voltou pra casa.

O tom da matéria e o fechamento dela era de que o menino saiu porque o Corinthians perdeu. E se tivesse ganhado, ele teria ficado em casa, com a família e não teria sido morto no semáforo. Resumindo: o Corinthians teve culpa porque o menino foi vítima de latrocínio porque perdeu um jogo que não poderia perder.

Eu nunca fui de acompanhar a imprensa esportiva nos primeiros anos do meu interesse por futebol e por mídia. Na época, tinha 15 anos. Mas este foi o primeiro cartão de visitas que eu recebi, digamos assim, de como a mídia, preferencialmente e por tradição, trata o clube.

E a mediocridade continua.