Meu Timão

Sempre que se fala sobre Libertadores, e uma eventual conquista da taça, aparece algupem para dar razão a uma das frases mais idiotas já proferidas pelo mentecapto-mor Andrés Sanchez:

'Para ganhar a Libertadores, tem que disputar o torneio todos os anos'

Acho que nada me irrita mais do que ver o pessoal perpetuando essa falácia dita pelo maior câncer que já se abateu sobre o glorioso Sport Club Corinthians Paulista. Senão vejamos.

Em primeiro lugar, é ÓBVIO que para vencer um torneio você precisa disputá-lo, Einstein. Ou você acha que dá pra ser campeão da série A do Brasileirão em um ano no qual se disputa a série B (esqueçam a Copa João Havelange, uma dessas bizarrices que só brota nessa terra esquecida por Deus).

Em segundo, e mais importante, os campeonatos de futebol não obedecem às leis da probabilidade. NADA garante que uma alta frequência aumente suas chances de obter um bom resultado. Da mesma maneira que se você for feio, ruim de papo, tiver bafo, for burro e inconveniente, pode abordar seiscentas garotas por noite, durante quinze anos, que não vai conseguir transar com ninguém, assim funciona na disputa da Libertadores: se tiver um time fraco, com um técnico meia-boca e uma diretoria ruim de planejamento, pode participar por um século que não vai levantar a taça.

Duvida? Pois bem, um dos clubes com o maior número de participações na Libertadores é o Cerro Porteño, do Paraguai, com 43 participações. Sabe quantos títulos eles têm? ZERO! Por quê? Porque sempre entram na competição com elencos muito aquém dos favoritos. Não há o que fazer. Se o time é ruim, pode jogar quinhentas mil vezes que não vai rolar.

Em 2012 contávamos com uma base forte, recém detentora do Brasileirão, que contou com reforços pontuais e um treinador fora da curva. Criamos as condições necessárias para incrementar nossas chances. E é assim que tem que ser sempre que for disputar. Em outras oportunidades incorremos em erros clássicos como desmanchar um elenco com potencial, apostar em técnicos pouco tarimbados e realizar um gerenciamento sofrível das expectativas.

Tem que ser muito mongo pra achar que o segredo de ganhar a Libertadores está simplesmente em participar todos os anos. Misericórdia!