Meu Timão

Falta é competência, um CIFUT (Centro de Inteligência do Futebol) que realmente funcione, não só para contratar jogadores, como também treinadores.

Vou listar aqui, em detalhes, treinadores plenamente capazes de colocarem o Corinthians nos trilhos dentro de campo para voltar a ganhar os títulos, ainda mais com esse elenco ótimo que estamos montando.

Já aviso que são treinadores VIÁVEIS financeiramente e esportivamente para o Corinthians.

Não me venham falar de Maurício Pochettino, Marcelo Gallardo, Diego Simeone, Jorge Sampaoli e Eduardo Coudet, que hoje são praticamente impossíveis. E nem venham falar de treinadores europeus que jamais viriam, ou por ganharem em torno 10 milhões de euros por ano, ou por não quererem atrasar suas carreiras no falido futebol Sul-Americano/Brasileiro.

Vamos lá:

Sebastián Beccacece

Eliminou o São Paulo da Sul-Americana 2017 com o minúsculo/nanico Defensa y Justicia e foi vice-campeão argentino em 2018/2019 com esse time.

Saiu para o quase falido Independiente, onde não foi bem por motivos óbvios. Foi para o Racing, desmantelado após o título argentino com o Eduardo Coudet. Foi razoável, eliminou o Flamengo da Libertadores 2020, outro time bem superior ao dele, como era o São Paulo também, em 2017.

De volta ao Defensa, pegou o time campeão da Sul-Americana já classificado para a Libertadores. Crespo se aproveitou bem do time montado pelo próprio Beccacece. Foi campeão da Recopa em cima da porcada, eliminado pelo Flamengo, time bem superior ao seu, nas oitavas da Libertadores 2021, ficou em terceiro no argentino.

Foi auxiliar do Sampaoli na época que ele roía o osso treinando equipes peruanas, chilenas e equatorianas, até a explosão no próprio Chile, com a Universidad de Chile e depois com a seleção do país. E ainda com a seleção Argentina também, depois decidiu rumar para a carreira de treinador que começa bem. Apesar de jovem (41 anos), já tem vasta experiência em 4 países diferentes, seja no âmbito de clubes como no de seleções.

Um treinador agressivo, ousado, que não tem medo de mexer no time ainda no primeiro tempo se não estiver gostando, seja substituindo ou mudando o esquema e a estratégia. Futebol ofensivo, corajoso, linhas altas, joga com intensidade. Tudo que sonho para o Corinthians, um time que joga um futebol organizado e sem medo de times melhores, que não se acovarda contra os inferiores igual o Burrynho contra Juventude, Atlético Goianiense, Chapecoense e América-MG.

Eduardo Domínguez

Campeão argentino 2021 com o modesto Colón, time que havia sido finalista da Sul-Americana 2019, mas com outro treinador.

Domínguez ganhou a Copa da Liga Argentina, foram 16 jogos até o título, enfiando 3 a 0 no Racing na final. Foi o primeiro título oficial da história do clube.

É um treinador que gosta do 3-5-2, mas não é preso a ele, molda o esquema de acordo com o que tem em mãos. Ele é mais pragmático que o Becca, mas seus times são muito organizados.

É um treinador jovem também, 43 anos, muito promissor como o primeiro citado. Foi campeão da Supercopa Uruguaia com o Nacional em 2019. Tem o apelido de El Brujo.

Juan Pablo Vojvoda

Começou no Newell's Old Boys, onde encerrou a carreira, treinou lá como interino em alguns jogos entre 2016 e 2017. Quando rumou para o Defensa, onde ficou de novembro de 2017 até maio de 2018.

No Talleres, eliminou o São Paulo na pré da pré da Libertadores 2019, porém, logo em seguida, foi eliminado pelo fraco Palestino, do Chile. No mesmo ano teve uma passagem relâmpago pelo Huracán, onde ficou pouco mais de 2 meses.

No Chile, assumiu o comando técnico do modesto Unión lá Calera, onde foi vice-campeão chileno e classificou o time para a Libertadores pela primeira vez em sua história. Porém, ele não permaneceu no clube para jogar a principal competição de clubes da América. Saiu em fevereiro de 2021.

Em maio do mesmo ano, foi anunciado pelo Fortaleza, levando o clube às semis da Copa do Brasil e classificou o time para a Libertadores, ambos feitos nunca antes conquistados na história do clube cearense.

Ou seja, ele classificou três times pequenos de três países diferentes para Libertadores em três anos consecutivos. Isso não é pouco e não é para qualquer um. Os times cearenses estão organizados e profissionais, lá a análise de desempenho funciona. Por isso 'acharam' esse ótimo treinador, tiveram méritos.

Ele tem 'só' 46 anos, jovem para um treinador. Gosta de 3 zagueiros, linhas altas, time intenso e agressivo no ataque, parecido com o Beccacece. Os times dos dois não têm medo da pelota.

Gustavo Quinteros

Ele é tricampeão boliviano com 3 times diferentes, Blooming (2005), Bolívar (2009) e Oriente Petrolero (2010). É argentino mas tem nacionalidade boliviana também.

Campeão equatoriano com o Emelec em 2013. Campeão chileno e da Supercopa do Chile com a Católica em 2019.

Assumiu o Colo-Colo que quase foi rebaixado na temporada passada, liderou o chileno 2021 a maior parte do campeonato, perdeu o título nas últimas rodadas. No entanto, não foi um resultado nada ruim.

Pablo Repetto

Finalista da Libertadores 2016 com o até então modesto e desconhecido Independiente del Valle, esse uruguaio ganhou três títulos com a LDU, campeonato equatoriano, Copa e Supercopa do Equador.

Ele decepcionou no Olímpia depois de retornar do mundo árabe, é verdade, ainda mais depois de 'surgir' tão bem na Libertadores 2016. Mas na LDU foi bem, 3 títulos relevantes.

Time que joga um futebol dinâmico, moderno, intenso. Ele não afina pra jogador nenhum, nem pra adversário nenhum, mesmo que seja superior ao time dele. Substitui no primeiro tempo e muda o esquema se não estiver dentro do que ele pretende para o jogo.

Vi ele fazer isso contra o Flamengo duas vezes, uma vez ele deu uma lapada feia na mulambada e na outra estava perdendo de 2 a 0, fez mudanças rápidas, conseguiu empatar, mas depois o time fraco tecnicamente dele tomou o terceiro em falha individual da zaga.

Foi demitido da LDU depois de perder o jogo de ida do mata-mata da Sul-Americana, em casa, para um Grêmio em crise. Na volta a LDU acabou eliminando o Grêmio. (Kkkk)

Assumiu 'só' o Nacional do seu país agora, vamos ver o que consegue por lá.

Indiquei esse mais pelo que já vi dos times dele, gosto da forma que jogam. Ele ganhou a segunda divisão uruguaia com o Fênix um tempo atrás.

Gustavo Poyet

Vinha fazendo bom trabalho na Universidad Católica, deu trabalho pra porcada na Liberta, mas os times chilenos não fazem frente aos brasileiros nem de longe, dá até pena. Depois da eliminação da Libertadores o time deu uma degringolada doméstica e o uruguaio acabou demitido e o time melhorou, cresceu no chileno e acabou atropelando o Colo-Colo nas últimas rodadas.

Poyet era meia/volante, cheguei a ver ele jogar com a camisa do Chelsea. Encerrou a carreira no Tottenham, em 2004, permaneceu na Inglaterra para dar início ao seu trabalho fora de campo. Foi auxiliar técnico no Swindon Town, Leeds United e Tottenham. Começou como treinador no Brighton, onde foi campeão da segundona inglesa. O time se mantém até hoje na primeira divisão.

Depois passou por Sunderland, AEK, Real Bétis, Shanghai Shenhua, Bordeaux, até que caiu no futebol Sul-Americano. Tem decepcionado? A julgar pelos times que ele pegou, só carne de pescoço, foi relativamente bem. Está livre no mercado e tem experiência em mais de 6 países.

Maurício Larriera

Esse estou citando pelo que vi ele fazer contra nós pelo hoje mediano Peñarol, que tinha sim uns 4 ou 5 valores individuais, como Piquerez, Agustín Álvarez, Facundo Torres, Canobbio e González.

Ele engoliu o Corinthians nos dois jogos, ganhou com sobras dentro da Neo Química e goleou no Uruguai com requintes de crueldade. Deu um nó tático no Mancini, mas também, aquele time era feio demais.

O time dele joga um futebol organizado, fica nítido aos olhos as jogadas trabalhadas, as variações táticas. Tem muitos recursos táticos para surpreender os adversários ou mudar um jogo.

É outro que tem experiência em vários países diferentes. Já treinou em países como Chile, Peru, Argentina, Catar, Paraguai (foi auxiliar técnico da seleção). O sucesso agora em seu país, não é obra do acaso.

Títulos? Campeão uruguaio com o Peñarol jogando um futebol agradável para quem assiste.

Alexander Medina

Outro uruguaio, foi vice campeão argentino com o pequeno Talleres, nada mal, né? Não é fácil fazer isso, ainda mais no falido futebol argentino onde falta qualidade técnica. Para sobressair ali tem que ter algo diferente.

El Cacique, seu apelido pela aparência indígena, ainda é novo para um treinador de futebol, só 43 anos. Li que ele não renovou com o Talleres e está quase fechando com o Internacional, de Porto Alegre. Foi campeão uruguaio com o Nacional em 2018.

É isso, jovens.

Ficou grande porque tem riqueza de informações. Achou ruim? Faz melhor!