Fábio Carvalho
Vamos só trazer um pouquinho mais pra o que foi cada jogo e da realidade das coisas enquanto estavam ruins, apesar dos resultados combinarem com a sua descrição e eu concordar com a intenção e a impressão que você demonstra no texto. Também acho que o ano promete coisas boas..
1- Medalhões superestimados, e não desacreditados como você disse. Todo mundo aqui cobrava que o Corinthians jogasse com todos eles ao mesmo tempo. Precisou dar muito errado muitas vezes para que as pessoas enxergassem a realidade diante de seus olhos.
2- Jovens continuam tão inexperientes quanto antes. O que ganhou força foi a raça e a atitude. Mas João, Raul, Robson, Mantuan, Mosquito, Piton e etc caíram na pilha dos argentinos. Não somente eles, mas também os veteranos, visto que o único expulso tem 28 anos de idade. Mantuan mesmo tomou um cartão amarelo por chutar o adversário num lance besta lá no meio de campo. É numa dessas que pinta um cartão vermelho e a vaca vai para o brejo.
3- A derrota contra o Always Ready lá pertinho de São Pedro não foi inexplicável. Muito pelo contrário, foi altamente previsível, visto que Vitor colocou os mais velhos todos cansados pra jogar. Além de João Pedro na lateral. Rsrs
4- Nossa vitória contra o Cali na Arena só aconteceu por conta de um gol contra. Merecemos aquele placar? Sim. Jogamos muito bem de verdade? Não.
5- A partida contra o Boca na Argentina até hoje me deixa em duvida. Porque jogamos como pequenos no sentido do protagonismo. Brigamos, marcamos e só demos praticamente um chute a gol, que foi o gol que marcamos. No restante contamos com Cássio em grande noite e com a sorte. Bola na trave, cabeçada pra fora em lance escandaloso de gol e tal. A garra e a aplicação no jogo coletivo foram louváveis e empolgantes, assim como o resultado foi bom também. Mas contra AQUELE Boca especificamente era plenamente possível jogar com protagonismo.
em Bate-Papo da Torcida > Caímos no grupo perfeito nessa Libertadores
Em resposta ao tópico:
Um grupo com um time sempre perigoso nesse tipo de torneio, e que constantemente é ajudado pela Conmebol - Boca Juniors.
Uma equipe de um país com uma cultura futebolística bem similar à brasileira (Colômbia) e que costumeiramente conta com atletas habilidosos e bem postados em campo - Deportivo Cali.
Uma agremiação que, apesar de fraca tecnicamente, atua em altitude insana - Always Ready.
Nossa equipe estava (e ainda se encontra) em processo de formação no começo da competição. Medalhões desacreditados, jovens inexperientes e um treinador que, apesar de estudioso, desconhece a maneira como os sulamericanos jogam e encaram essa disputa continental.
No primeiro teste falhamos clamorosamente. Uma derrota inexplicável no mais que rarefeito ar boliviano. As piores previsões possíveis apareceram por parte da mídia 'especializada' (perita não no esporte em questão, mas em plantar crises onde não existe), mas o time absorver bem o impacto e continuou trabalhando.
Cumpriu com a obrigação ao vencer as duas partidas seguintes em seus domínios, demonstrando a frieza que jogos dessa natureza demandam, seja na paciência para fazer o placar contra uma bem fechada equipe colombiana, ou fazendo valer a superioridade técnica e o fator casa contra os perigosos argentinos.
Pontuou contra os mesmos adversários ao atuar como visitante, apresentando bom domínio das ações na Colômbia e raça misturada com sangue nos olhos na Argentina - coisa que há anos não víamos o Corinthians fazer.
Os jovens têm se saído bem nas provas de fogo em que são jogados. É claro que há um ou outro deslize, mas estão ocorrendo em momentos propícios, que auxiliam no aprendizado para que não haja recorrência em contextos cruciais. E os veteranos recuperaram a sede de mostrar serviço, e estão funcionando como bússola para o restante do time.
O elenco está encorpando rumo à glória. Dá sim para sonhar com grandes conquistas.
A história da Libertadores demonstra que é mais comum surgir um campeão dentre aqueles que crescem ao longo do certame, e não os que atravessam a primeira fase sem grandes contratempos (sim, há exceções, mas estou falando da regra).
Seguirei com fé no Todo Poderoso.
VAI CORINTHIANS!