Cris Siqueira
Eu é que agradeço. Ídolo demais e naquele jogo, um mostro! Parece que foi ontem e fiquei com a fiel torcida andando de bar em bar, próximo ao Pacaembu, a Paulista, sei lá mais onde... Todos nós corintianos gritando, chorando e comemorando. Que dia foi aquele.
em Off topic > Carta do 'Sheik ' Nós dez anos do título
Em resposta ao tópico:
'Eu é que agradeço, Fiel
(Por Emerson Sheik*)
Sempre tive a certeza de que faria um gol na final.
Com a camisa do Corinthians, fiz 28 em 196 jogos. Até 4 de julho de 2012, havia feito 12, três na Libertadores, sendo um na semifinal contra o Santos, na Vila Belmiro. Mas eu queria mesmo era aquele da final.
Naquela noite, o importante era a gente vencer o título, que era inédito para o clube. Por isso que a Libertadores de 2012 foi tão especial: eu não tinha o título, o clube não tinha, e o torcedor merecia.
Já sonhei mil vezes com aqueles lances. Não tem como esquecer. Mas até os gols saírem e a festa começar, foi um dia tenso. Tivemos treino e concentração. Falei com Deus e o mundo naquele dia, com minha família, com meus amigos. Lembro que o Tite pedia para a gente ficar 100% concentrado no jogo.
O Tite e a comissão técnica nos passaram vídeos da nossa família na palestra antes da partida como forma de motivação. Jogamos concentradíssimos. Havíamos empatado por 1 a 1 na Bombonera. E no Pacaembu, naquele 4 de julho, olhávamos um para o outro no campo e dizíamos: 'Nós conseguimos'.
Fiz os dois gols no segundo tempo. Um aos oito minutos, depois de um passe de calcanhar do Danilo. E o segundo aos 26, quando roubei a bola do Boca e só fui parar dentro do gol.
A partir dali, os bastidores foram maravilhosos. Quando acabou o jogo, começamos a festa no vestiário do Pacaembu mesmo. Bebi todas e só cheguei em casa no dia seguinte. Foi uma festa incrível.
Foi incrível e vai continuar sendo.
Por isso, eu é que agradeço, Fiel.'