Jorge Sapateiro
O Corinthians tem uma dívida muito grande, algumas contas urgentes, pendências jurídicas, problemas financeiros, enfim, disso todos sabem.
Muitos defendem uma gestão com mais austeridade financeira: enxugar e reduzir os custos, cortando na carne e sacrificando anos de competitividade para resolver o problema.
Porém, a atual direção optou por apostar alto em 2022, pensando que um formar um time competitivo poderia gerar novas fontes de renda que compensariam estes ônus e, assim, penderiam a balança para o lado positivo.
Essas duas posições são legítimas, independentes de qual das fórmulas é mais ou é menos eficiente.
Se, agora, Duílio e sua turma estivessem optando pelo conservadorismo, visando preservar as contas em detrimento da competitividade imediata, tudo bem. Pelo menos, seria uma estratégia com objetivo a longo prazo.
Assim como qualificar o elenco e a comissão técnica é outro método, outra estratégia.
Porém o que atualmente ocorre não é isso. Não se trata de enxugar gastos.
O que ocorre é um movimento reacionário.
Trazer o Romero, um jogador que prestou bons serviços no passado, mas agora possui 30 anos, é claramente um retrocesso.
O retorno do Flávio Oliveira, com todo respeito a pessoa, é claramente um retrocesso.
E a opção pelo Lázaro poderia não ser um retrocesso, mas é também. Pois, ela evidencia a falta de critério e planejamento se comparada às atitudes anteriores desta direção tomadas no ano passado. Não houve continuidade.
O debate entre austeridade ou uma posição mais ousada é válido.
Retrocessos não podemos aceitar.