Bruno Nogueira
Depois de uma partida totalmente apática e uma noite melancólica, a única certeza é que o Corinthians precisa aprender a encerrar ciclos e passar a olhar para frente. É seguir as escritas de como diz no hino: 'teu passado é uma bandeira, teu presente é uma lição'.
Encerrar ciclos em relação a repatriar ex-jogadores, ex-técnicos e principalmente o grupo que está no poder há 16 anos, conhecidos como 'Renovação & Transparência', e que tais combinações de palavras nunca fizeram jus ao nome.
É necessário uma reformulação urgente e completa no Corinthians, desde que seja possível fazê-la. Essa mudança drástica passa com base em 4 principais fatores.
1º Eleições do Clube
A partir das 09:00 horas de hoje o futuro dos próximos 3 anos do clube começará a ser decidido, entre Augusto Melo ou André Luiz Oliveira, nos restam depositar esperanças para um amanhã melhor (mesmo que as últimas semanas não demonstraram ser positivas). Vejo como uma mudança necessária para oxigenar o ambiente e proporcionar novas mentalidades. Obviamente que não será possível cumprir a maioria das promessas realizadas (de ambas campanhas), mas é importante alterações no poder para que o clube continue (ou volte) a se desenvolver. Um 'último dia de presidente' trágico de Duílio Monteiro Alves, e de fato nos últimos meses o departamento de futebol foi deixado de lado, enquanto os candidatos (e o atual) estavam focados em fazer campanha no clube social.
2º Neo Química Arena
Após a negociação com a Caixa, onde seriam pagos 100 milhões de reais de juros por ano (em 2023 e 2024) e no início de 2025 o clube desembolsaria entre de 18 a 20 milhões de reais por ano (incluindo o repasse do valor anual de Naming Rights), essa etapa 'deixou de ser uma pedra no sapato' pois a princípio o pagamento está equalizado. Obviamente que a renegociação dos valores com o repasse total da Hypera Pharma para a Caixa e assumir uma dívida de longo prazo do banco será uma bela estratégia (caso concretizado), principalmente na redução dos valores e juros a pagar, além da possibilidade de ter crédito disponível na praça.
3º Renovações de Contrato
A mudança drástica passa pela renovação de nenhum dos jogadores que estão em final de contrato (a depender muito da possível renovação do Renato Augusto com uma baita redução salarial), essa economia refletirá em uma 'economia mensal' de 8 milhões de reais, para fazer a reformulação do elenco para 2024. Essa redução salarial será ainda maior se contabilizado os valores salariais dos jogadores que estão emprestados (e que encerrarão o contrato também no próximo mês), além de incluir as saídas de Rodrigo Varanda (contrato expira em janeiro) e Rafael Ramos (contrato expira em junho). De forma bem otimista, é possível reduzir em até 10 milhões a folha salarial com a saída dos jogadores que estão com o contrato encerrando.
4º Planejamento de Elenco
Esse fator foi o que menos tivemos ao longo desse último ano, com um elenco totalmente desequilibrado e mal montado, vemos em novembro os reflexos da tremenda bagunça nas negociações e vendas sem reposições, pois o atual dirigente disse que: 'o elenco é bom'. Aproveitando a não renovação dos jogadores e a necessária reformulação completa, incluo as possíveis saídas do Cássio (ao Grêmio) e do Fagner (talvez para algum clube carioca) enxugaria ainda mais a folha salarial e a necessidade de que fosse realizada ao menos 15 contratações para que tivéssemos ao menos elenco para a disputa dos campeonatos no próximo ano.
Partindo do princípio que temos que pagar ainda em 2023 cerca de 10 milhões ao Jadson (a depender do acordo com o empresário do jogador), pagar ao Argentinos Júniors cerca de 24 milhões do restante da compra do Fausto Vera (esse valor é referente aos 40% restantes que ainda devemos e que será diluído ao longo do próximo ano), além da última parcela de 25 milhões de juros para a Caixa e todos os encargos trabalhistas, incluindo recolhimento de FGTS, direitos de imagem, férias e 13º salário, é fato inegável que não teremos dinheiro para fazer contratações.
Para a reposição desses atletas, além das soluções caseiras, será necessário investimento super baixo em contratações, mas com jogadores que tenham 'sangue no olho' e vontade de representar essa imensidão que é o Corinthians.
Em relação as soluções caseiras, integraria no elenco: Ivan (goleiro), Raul Gustavo (zagueiro) e Luis Mandaca (volante).
Para as contratações com baixo investimento ou com contratos próximos do fim, buscaria os seguintes: Marlon (lateral esquerdo), Iago (lateral esquerdo), Leonardo Godoy (lateral direito), Vitão (zagueiro), João Victor (zagueiro), Gabriel Pec (meio campo), Lucas Evangelista (meio campo), Caio Lucas (meio campo), Gonzalo Mastriani (atacante), Bruno Rodrigues (ponta esquerda), Álvaro Barreal (ponta esquerda) e Savarino (ponta direita).
Com esses jogadores, certamente teríamos um elenco mais equilibrado e com folha salarial inferior a atual, abrindo possibilidades para investir em 2 ou 3 para serem referências e motorzinhos no elenco. Sendo assim, buscaria Caio Alexandre (volante), Christian (meio campo) e Josef Martínez (atacante). Além disso, a depender de questões financeiras (considerando que apenas a participação no campeonato paulista valerá 40 milhões de reais), buscaria o empréstimo com opção de compra do Anderson Talisca e Gustavo Cuéllar.
Sendo assim, teríamos uma equipe praticamente nos mesmos moldes em relação a folha salarial, porém com um elenco mais equilibrado, aguerrido e capaz de fazer com que o Corinthians retorne aos dias de glória!
Mas essa transformação começará daqui a pouco, com as eleições presidenciais no Parque São Jorge, aos que forem votar, que tenham sabedoria e não pensem apenas no clube social, mas sim na instituição como um todo.
Um abraço!
#VaiCorinthians!
em Bate-Papo da Torcida > O Corinthians precisa aprender a encerrar ciclos!