Meu Timão

Devo ser um dos casos mais antigos. Nos idos de 1968, morava em São Paulo, com 6 anos de idade, estávamos conversando na rua, eu com meus vizinhos, para falarmos sobre futebol. Nâo precisa dizer que não entendiamos nada sobre o assunto. No meio da conversa, surgiu o assunto para que times nós torcíamos. Como a maioria votou no Palmeiras, eu segui o voto. Cheguei em casa contente contando para todo mundo que torcia para o Palmeiras. Tínhamos uma empregada chamada Margarida, e quando ela ficou sabendo, quase surtou e disse, 'Palmeirense, só se for por cima do meu cadáver', kkkk. Deste dia em diante, toda vez que tinha jogo do Corinthians, ela ligava o radinho e punha eu ao lado dela para torcer. Era uma festa só, quando saia gol do Timão. Assim nasceu mais um coritiano na zona norte da capital paulista, aos 6 anos de idade. Aos 12 já ia com meus amigos, sozinhos, assisitir jogos do Corinthians no Pacaembu. Meu maior ídolo: Roberto Rivelino. Minha maior decepção: A venda do Rivelino para o Fluminense. De lá para cá, muitas alegrias e algumas decepções. Fico triste quando vejo uma administração medíocre, como nos últimos 6 anos, acabar com o que nós sempre tivemos de melhor, o amor à camisa, a mística da torcida, a raça, a determinação, a esperança e a vontade de vencer, enfim, espero que em algum momento no futuro possamos ter isto de volta