Marcos Alves
Ontem eu notei uma evolução crucial e vejo dedo do treinador nisso: concluir rapidamente as jogadas ofensivas.
Antes, o Corinthians enrolava demais pra concluir as ações ofensivas. Mantinha a bola no ataque, tocava de um lado para o outro, invertia de lado, tudo pra esperar um momento ideal pra infiltração ou cruzamento. E com isso tínhamos um jogo chato que era refletido nos números através da baíxissima quantidade de finalizações.
Embora ineficazes, já que não fizemos gol, ontem tivemos um alto número de finalizações e isso é em função da nova diretriz: não enrole, cruze, chute de fora da área ou infiltre! Rápido!
A ideia é que há uma relação diretamente proporcional entre a quantidade de finalizações e o gol, ou seja, quanto mais finalizações, mais gols. Parece óbvia essa relação, mas não é. Trata-se de uma escolha entre a quantidade e a qualidade. Para se ter qualidade na finalização é preciso que a jogada seja bem trabalhada e isso requer tempo. Essa era a escolha anterior, daí o trabalho das jogadas ser mais demorado. O problema era que esse trabalho sequer resultava em finalização, seja boa ou ruim, e os jogos davam sono... Agora, a ideia é finalizar o mais rápido possível e mais vezes. Isso me agrada, torna o jogo mais atrativo, mais gostoso de se ver.
Sim, estou insatisfeito com a derrota de ontem, mas animado com essa nova diretriz. Quero de volta algo que estava no nosso dna antes de passarmos a nos contentar com 'goleadas' de 1x0: ofensividade, imposição em casa! Em que pese o placar, ontem eu vi isso!