Paulo Sobrinho
Resultados ruins e péssimo desempenho, eis o time (des)organizado por Osmar Loss.
No momento da “moderna” análise de desempenho, os “números” apenas reproduzem aquilo que o torcedor, no estádio e fora dele, observa com seus próprios olhos: um time que pouco agride o adversário – não finaliza no gol – e pouco também fica com a bola.
Mau desempenho nem sempre quer dizer resultados ruins. Os últimos não estão necessariamente atrelados a um mau desempenho de um time. Por isso a injustiça de se realizar cobranças apenas pelos resultados ruins e nada se falar a respeito do desempenho. De mesmo lado, tão ou mais injusta a conduta do que aplaude resultados sem observar o desempenho.
Contudo, desempenho está necessariamente ligado à coerência do trabalho. Não é possível ter desempenho se não há coerência na organização técnica do time, se os jogadores não sabem, por exemplo, quando ou em quais circunstâncias receberão oportunidades.
É justamente na relação imbricada “desempenho-coerência” que o trabalho realizado por Osmar Loss deixa muito a desejar. Vejamos o caso recente de um jogador, Marquinhos Gabriel.
Por sucessivas vezes durante os meses recentes, o jogador mereceu inúmeras oportunidades. Mesmo vindo de uma má temporada no ano anterior, ainda assim, o técnico do Corinthians não apenas o relacionava para as partidas, - sendo um 12º jogador que entrava sempre no decorrer das partidas -, como também era escalado entre os onze jogadores em algumas oportunidades.
Subitamente, numa negociação que tem muito a cara de Andrés Sanchez, o jogador que antes se mostrava peça útil do elenco, foi emprestado para um clube do longíquo futebol árabe, a demonstrar como não há nessa comissão técnica qualquer coerência no uso dos atletas.
Marquinhos Gabriel, que hoje não faz parte dos planos do Corinthians, certamente foi razão para preterir outros jogadores (que sequer oportunidade receberam) em diversas partidas realizadas pelo clube. Não nos precipitemos em dizer que o já nominado “caso Marquinhos Gabriel” é a ponta do iceberg - é apenas o reflexo dele.
em Bate-Papo da Torcida > O iceberg do Corinthians (e do Loss)