"Você só ganha a Libertadores se disputá-la com frequência."

Essa frase foi dita por Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, em uma das doloridas eliminações alvinegras em Libertadores no início da década passada. E eu concordo totalmente com a afirmação.

As derrotas para o Flamengo tiveram um gosto bem amargo para o Timão, mas não podemos tratar como algo absurdo. O clube carioca tem uma base formada há mais de quatro anos e, de quebra, sempre disputa títulos expressivos, como o próprio torneio continental. Isso vai dando casca para o elenco suportar a pressão adversário em determinado jogo decisivo.

Nos últimos anos, passou a ser cada vez mais plausível disputar a Libertadores com frequência. O difícil, porém, é ter um planejamento a longo prazo e manter suas convicções. O Corinthians, por exemplo, não me passa a segurança que estará entrosado na próxima temporada.

A impressão é que podemos ter um time completamente diferente em 2023, começando por Vítor Pereira. O treinador português e sua comissão técnica ainda não sabem se vão permanecer no Brasil. Todos estão longe da família há alguns meses e vivem uma rotina completamente desgastante por aqui.

Alguns jogadores importantes também podem acabar saindo, como os jovens Raul Gustavo, Lucas Piton, Du Queiroz e Adson. A situação é um pouco diferente para Balbuena e Yuri Alberto, que estão emprestados ao Timão até o meio do ano que vem, mas o volante Maycon está vinculado ao clube apenas até o próximo mês de dezembro.

Também não consigo ter certeza que Giuliano, Róger Guedes e Renato Augusto seguirão no CT Joaquim Grava. Enfim, a impressão é que tudo pode mudar nos próximos meses.

Palmeiras e Flamengo não atingiram o patamar atual por acaso, teve um forte planejamento que começou há mais de cinco anos. E qual é o planejamento do Corinthians para o próximo ano?

Veja mais em: Libertadores da América e Elenco do Corinthians.

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