Frase de Carille: 'As mudanças, não gosto de mudar muito a forma de jogar, mas as características. Love está muito bem de centroavante, feito gols, criado espaços, sendo armador como 9. O jogo de hoje mostrava um volante de qualidade deles, mas um volante que não entrava muito no nosso campo. Muitas vezes usar Love e Boselli contra um volante que entra no nosso campo acaba tirando o Love do raio da ação, tirar ele de perto da área, não quero isso, mas pode ser alternativa durante jogos, vai depender do adversário. Bom que a equipe tem entendimento e vou usando cada jogador de acordo com suas características.'

Nós sabemos que futebol é dinâmico. Não à toa, alguns jogadores sempre dizem pensar no 'jogo a jogo' e imagino que se você estuda o adversário, é para montar uma estratégia em cima das falhas do mesmo. Entretanto, o Carille dizer não gostar de mudanças, é admitir que o time vai jogar nesse esquema e o que ocorrer no jogo é consequência. Com isso, facilita a vida de quem joga contra o Corinthians, porque sabem qual será o esquema, pois, as peças sempre terão as mesmas funções.

No jogo de ontem, ele mudou o esquema no primeiro tempo. Apesar de alguns dizerem que Ramiro não foi bem, ele deu proteção do lado em que tomamos gols nos dois jogos e que, após a saída de um jogador com aquelas caracteristicas, sofremos.

O V. Love admitiu que ter o Boselli ao lado facilita as jogadas de ataque. Porém, para o Carille, se for para jogar com os dois, o Love teria que recompor, o que resultaria em ficar longe do gol. O que mais acredito é, nesse esquema nenhum dos três atacantes rende mais, apesar dos esforços, inclusive o Gustagol.

Na mão do Rogério Ceni, que mesmo mal no Cruzeiro, ele rendeu em seus tempos de Fortaleza, porque? O Ceni provavelmente deixava claro que o Gustagol teria que estar na área para marcar gols e que a parte defensiva ficaria a par dos que compõe a linha de defesa. Pelo lado do Carille, o centroavante tem que recompor e no que isso resulta? Fica longe do gol.

O Corinthians precisa buscar o possível nesse brasileiro, mas já planejar como será o ano que vem. Não adianta manter uma pessoa que luta contra mudanças necessárias quando se é preciso.

Hoje eu apoio a saída dele após o término do brasileiro. Se ele vir a perceber que mudanças são, as vezes, necessárias e não mais deixar seu ego tomar a frente nas decisões, eu voltarei a apoia-lo.

Agora é vai Corinthians no brasileiro, que esses últimos meses do ano seja própero para nós, Nação!