'Ninguém quer fazer negócio com o Corinthians porque não há certeza', diz Roberto de Andrade
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Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni
O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, admitiu que o processo de impeachment contra o qual lutou nos últimos quatro meses vinha atrapalhando o clube em algumas tomadas de decisão. Em entrevista concedida na noite da última segunda-feira, no Parque São Jorge, após votação dos conselheiros, o mandatário avaliou o período como de "estagnação".
"Não manchou. Atrapalhou, porque o clube está parado, estagnado há quatro meses. Ninguém quer fazer parceria com o clube porque não há certeza, não se sabe quem estará aqui (na presidência)", declarou, ao ser questionado sobre os males da tentativa de destituição que enfrentou.
"Acho que, com o dia de hoje, as coisas que estavam paradas irão se mexer e dará tudo certo. Assim espero", completou.
Fato é que o Corinthians passou por diversas situações importantes fora do cenário político nos últimos meses. Algumas delas, conforme já havia sido antecipado, tiveram sim influência do processo de impeachment protocolado contra Roberto de Andrade.
O principal deles disse respeito à troca de técnico realizada em dezembro do ano passado. Oswaldo de Oliveira foi demitido, e na ocasião Roberto de Andrade admitiu que tal saída poderia beneficiá-lo na luta contra o impeachment. Por outro lado, ao menos três treinadores teriam recusado ofertas do Corinthians justamente por conta da instabilidade política.
Houve também outras movimentações do Corinthians nos bastidores que tiveram, de alguma forma, influência do cenário político. Contratações de jogadores e negociações com patrocinadores são algumas delas.