Vítor Pereira ressalta lado competitivo do Corinthians e valoriza vitória em 'campo difícil'
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Por Tomás Rosolino, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
O técnico Vítor Pereira comentou a vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o Red Bull Bragantino, na noite deste domingo, no estádio Nabi Abi Chedid. Questionado se o futebol desempenhado ficou abaixo do esperado, o treinador preferiu valorizar a competitividade apresentada.
"Gosto muito do bom futebol, de ver minhas equipes com time de qualidade, mas também sou bastante competitivo. Tem jogos, com essa sequência, que não vamos poder ter muita qualidade, criar muito... fomos pra Cali, tivemos jogo, voltamos pra cá (Brasil), viajamos pra cá (Bragança)", relatou o comandante em entrevista coletiva, comparando com outras ligas tidas como donas do melhor futebol atualmente.
"Quando eu olho pra Premier (League, campeonato inglês) e tem semana carregada, a seguinte é limpa (de jogos). No Brasil não é assim, é natural ter oscilação. Mas mesmo quando não jogamos com qualidade, temos que ser competitivos. E o que eu estou sentindo é que estamos criando esse espírito, estão entendendo que quando não dá na qualidade, é na raça. E isso também é a impressão digital do torcedor do Corinthians. Gosto de jogar muito bem, mas não gosto de jogar muito bem e perder. Prefiro jogar bem e ganhar", observou.
O português, atualmente comandando o líder do Campeonato Brasileiro, exaltou o triunfo diante de um adversário direto na parte de cima da tabela - caso vencesse, o time de Bragança passaria o Timão.
Lembrado que o Red Bull Bragantino não perdia em casa há 14 partidas e estava invicto ali neste ano, Vítor Pereira valorizou bastante o seu trabalho defensivo. Ainda fez questão de dizer que sabia exatamente qual seria a estratégia do rival quando estivesse em desvantagem.
"Eles trabalham juntos há muito tempo com o treinador, trabalho de qualidade, o fato de termos chegado aqui e eles não terem perdido é significativo também. Quer dizer que neste campo não é fácil ganhar. Fomos uma equipe que defendeu bem. Apesar deles terem tido mais bola, a chance clara só me lembro de um, quando o cruzamento sai e o atacante antecipa. A nossa chance acabou em gol. Depois disso a gente sabia o que ia acontecer, Jadson ia encaixar na linha de três, zagueiros aberto e muitos jogadores na nossa linha. Teríamos problema", contou, justificando a entrada de Robson Bambu na vaga de Rafael Ramos.
"O Bragantino começou a colocar bola em cruzamento, no alto, Luan (Cândido) ganhava quase sempre a bola. A gente tinha o Rafael, baixinho, então era difícil enfrentar um cara alto assim. O que a gente podia fazer, trocamos o jogador e a equipe equilibrou. Quando nós não tivermos dia de qualidade, a raça tem que estar dentro. Num campo difícil, contra equipe boa, de qualidade técnica, e levamos os três pontos. Fomos pragmáticos", encerrou.