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Família, games e basquete: Raniele abre o jogo sobre sua vida além do Corinthians

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Por Meu Timão

Raniele revelou detalhes sobre outras paixões além do campo e bola

Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Apesar do pouco tempo de casa, Raniele está cada vez mais à vontade no Corinthians. A rápida identificação com o clube chega após uma longa trajetória de dificuldades dentro e fora dos gramados, com uma vida sem grandes alardes, mas sem perder sua base ao longo do caminho.

Em entrevista à Corinthians TV, na última quinta-feira, o volante do Timão revelou detalhes sobre a infância e tudo aquilo que envolve seu dia a dia além das quatro linhas. Natural de Baixa Grande, município baiano com aproximadamente 20 mil pessoas, Raniele relembrou o papel dos pais em oferecer o possível aos filhos, além das idas e vindas em busca das oportunidades profissionais.

"Foi uma infância difícil, não foi tranquila. Graças a Deus nunca me faltou nada em questão de alimentos, de moradia, nada. Meus pais sempre lutaram por isso, para dar um o básico para gente e sempre funcionou muito bem. Mas é aquilo: era tudo limitado. A gente não tinha regalia, não podia sair de final de semana para comer em algum canto. A gente sempre foi muito dessa linha. Mas sempre meus pais buscaram dar o máximo possível pra gente dessa estrutura. E acho que o mais importante eu sempre tive: foi o alicerce, minha família junto. Meu pai e minha mãe me passando ali o que eles entendiam sobre a vida, sobre caráter, e foi o que me moldou até hoje. Foi uma infância difícil, mas eu não posso reclamar porque foi importantíssimo para formar o homem que eu sou hoje", iniciou Raniele.

O sonho em ser jogador trouxe o atleta, ainda garoto, para São Paulo. Por lá, passou por Ferroviária, Taubaté, Portuguesa, Penapolense e Botafogo-SP, antes de retornar ao estado de origem para defender o Jacuipense. Ali, o jogador percebeu que precisou de muita resiliência para seguir em busca do sonho.

"Fomos para bastante lugares. Desde os meus 16, 17 anos, já saí de casa bem novo. Saía mais ali, no interior da Bahia, alguns clubes. Mas depois que eu vim pra São Paulo, fui para bastante clube. Roí bastante osso", disse.

Uma das principais motivações, além dos próprios pais, são os irmãos de Raniele, motivos de orgulho para o volante do Corinthians. Eric, quatro anos mais novo, seguiu o caminho do irmão no futebol e atua no Vila Nova, mas sendo um defensor - ambos, curiosamente, usam a camisa 14. Além dele, Raniele fala da irmã mais nova, de 14, que é uma das grandes razões para que o jogador acreditasse na profissão.

"Tenho dois irmãos mais novos. Um deles tem 24 anos, é jogador também. Joga no Vila Nova. Jogou, inclusive, Vila e Goiás. E minha irmãzinha tem 14 anos. São as pessoas mais importantes da minha vida, sem dúvida nenhuma. São pessoas que eu procuro cuidar do futuro deles, do presente e do futuro, até pela minha irmãzinha. Eu e meu irmão a gente brigava muito, saía na porrada direto (risos). Quando éramos menores, tínhamos um gênio muito forte, a gente obedecia a nossos pais, mas eu e ele, eu na adolescência e ele na infância, foi uma situação de brigar muito, mas de irmão, normal", afirmou.

"Depois que criamos esse amor pelo futebol, identificando nessa área, fortalecemos nossa amizade e minha conexão com ele é surreal, parecem até gêmeos. Com ele, minha relação sempre foi muita honesta, de amor, com muita conexão. Minha irmãzinha perdi muito o crescimento dela, algo que me arrependo muito, de não passar esse crescimento do nosso lado, ajudar em alguns momentos. Mas entendemos, posso dar um futuro melhor para ela, foi algo necessário passar. Ela é uma menina inteligente. Acredito que ela será uma grande mulher", completou Raniele.

Paixões que extrapolam o futebol

O estilo de jogo agressivo e intenso de Raniele, porém, fica apenas dentro das quatro linhas. Quando não está no futebol, o meio-campista não titubeia em explicar suas paixões: curtir a família, jogar videogame com os amigos e acompanhar basquete.

"Eu sou um menino que vem do interior da Bahia. Vivi minha infância toda numa cidade de 20 mil habitantes. Nasci e cresci lá em Baixa Grande. Quando vim para São Paulo, foi um baque enorme, e sou esse cara. Desde moleque com a mesma essência. Sou bastante caseiro, curto muito minha família quando estou com eles, sou um cara que procura muito me cuidar para prolongar minha carreira. Assistir muita série, jogar muito vídeo game, isso que me agrada. Esse é o Raniele quando não está dentro dos campos", lembrou.

Nas telinhas, a união se dá pelo futebol virtual. Apaixonado por Fifa (atual EA FC 24), Raniele encontrou no modo Clubs a diversão para seus momentos livres, em que cada pessoa é responsável por controlar o seu próprio jogador. Quando não há videogame, ele está com a esposa, aproveitando para conhecer lugares antes inacessíveis, os quais valoriza cada oportunidade como se fosse um gol.

"O que eu mais curto é jogar videogame com os amigos. A gente zoa, conversa, um momento de desestressar. Curto muito assistir a séries, basquete. Quando estou com minha esposa, gosto de sair para jantar, conhecer lugares que não tivemos acessos antes. Estando aqui em São Paulo, somos da mesma cidade de 20 mil pessoas, nunca tivemos acesso a restaurantes italianos, fazemos questão de conhecer quando conseguimos. Top-1 é jogar videogame, gosto de Fifa, mas não o Ultimate Team (modo de jogo), e sim o Pro Clubs, que cada um controla o seu jogador e meu time tem 16 pessoas, dá até briga para saber quem vai jogar. É uma zoação, tem grupo, participamos de campeonatos, é organizado. É o modo mais justo do Fifa, os outros são muito roubados e não sou tão bom", comentou.

A outra paixão evidente é a bola laranja. O jogador, inclusive, fez questão de demonstrar o apreço pelo esporte ao acompanhar uma partida do Corinthians no Ginásio Wlamir Marques, pelo Novo Basquete Brasil (NBB), embora acompanhe mais de perto a NBA, principal liga de basquete no mundo. Raniele quer se aproximar ainda mais com a oportunidade no Timão.

"Não vou ser hipócrita em dizer que acompanhava o NBB. Não acompanhava, mas gosto, via o resultado dos jogos. Mas eu não parava para assistir. Eu acompanho muito a NBA, um espetáculo cada jogo. Quando vim para o Corinthians, pensei em linkar uma coisa com a outra, precisava assistir a um jogo in loco no Ginásio. Quando fui, foi feliz demais, meus amigos curtiram para caramba, uma recepção muito boa. Outro dia assisti de novo pelo YouTube, pensando em ir sábado na folga, minha esposa vai ficar brava comigo (risos). É um esporte que curto muito, me amarra demais, vou buscar acompanhar mais ainda", finalizou.

Após boas temporadas no Avaí e no Cuiabá, Raniele chegou ao Corinthians no início do ano em meio a reformulação no elenco. O volante se adaptou rapidamente e foi titular em 13 dos 14 jogos do Timão na temporada. Agora, mistura as paixões para marcar história no Corinthians, clube que descreve como um grande orgulho.

Veja mais em: Raniele.

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