Juninho Azevedo
Cada um tem seus motivos. Suas manias, tics, superstições, rotinas e tradições.
Ficar sem jogo do Corinthians é estar preso. Os dias não passam.
Na cabeça já escalei meu time em que fui matutando do fim do último jogo até sair no papel.
Não assisto TV para não ouvir secadores.
Se estou em casa a camisa está no corpo.
Os de casa tudo bem, de fora nem se for Corintiano quero perto para não ter de ouvir reclamar na hora errada.
Coincidentemente se saio da frente da TV por um instante e algo dá
Errado sei que a culpa é minha.
E nos nosso gols abraçar a família e sair gritando no quintal para todo Anti ouvir.
Ganhando o jogo é a mesma fita.
Quando o jogo assisto no estádio fica calculado estar dentro uma hora antes do apito.
Talismã na palmilha do tênis. Geladinho de gorô, chama o energético com gelo e descer para minha vaga.
Assim como no Pacaembu, que subia do lado da grade entre a amarela e a laranja até o primeiro piso da escada beijando o símbolo hoje desço até meu lugar com a mesma tradição.
Cantar os 90,120,200 minutos, incentivar quem está do meu lado a fazer o mesmo e lançar aquelas:
Quer ficar reclamando fica no sofá em casa.
Vamos chegar Corinthians.
Canta pra fora ca raí.
Não grita gol não juvenil. Kkkkkkk
Deixar todos meus problemas do lado de fora.
Se tá nos 40 do segundo tempo e o resultado não está de acordo, profetizar:
Jogo para o Corinthians começa depois do 40!
Eita gol aos 48 do segundo tempo. Só quem viu tá ligado.
Saudades mesmo. De coração.
2022 é tudo nosso.
Vai Corinthians!